sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Medo de mim

Nas manhãs nubladas do fim de minha infância
Já previa eu meus distúrbios do futuro
já temia eu o que aconteceria em mim
mas tudo era apenas pista no escuro
tentando mudar o imutável...
apagar o meu fim.
De mãos atadas hoje deixo a lágrima rolar
o que eu previ aconteceu, não tem como mudar.
Eu perdi-me em mim, não sei quem sou
cheguei aqui, mas não sei pra onde vou!
Tudo outrora era distante, uma possibilidade.
Agora tudo é tão claro... tudo é concreto...
Hoje aperta a dor da acre realidade
de que meus pesadelos estão bem mais perto.
Temo ainda mais o amanhã... desconheço-me!
O que eu quero está bem longe do que vou fazer.
Sei que eu vou tentar, mas não vou me conter.
É difícil dizer, é terrível pensar...
Eu sei, vou outra vez chorar.
Vou olhar para o sol e tentar entender...
Eu sei, vou outra vez sofrer.
Não vou conseguir dizer à ninguém o que há,
e alguém outra vez se preocupará.
Eu vou parar de escrever,
e sei, você não vai entender.
Mas  o que pode haver nas poesias
se minha mente me domina
e faz o que quer de mim?!
O que haverá de bonito quando
eu estiver surtando
por qualquer inutilidade?!
Ai, chegou a hora, eu sempre soube.
Sempre soube que essa seria a hora,
embora eu sempre tentasse fugir
e fingir que nada iria acontecer
agora só me resta assumir..
Assumir que estou perdida
que possa outra vez gritar,
e chorar, e dizer coisas sem sentido...
Porque eu perderei meus sentidos.

Gabrielle Castaglieri

Contentes Frustrações

Q UERO CAMINHAR EM MEIO  À MULTIDÃO DIZENDO O QUANTO SOU FELIZ NO AMOR QUE TENHO SOFRENDO E MESMO EM VÃO SABENDO QUE NÃO ME QUER A BORRECEND...