sábado, 24 de dezembro de 2011

Palavras fajutas

Encontrei a minha eternidade no amor,
sentimento forte que faz da morte incapaz.
Encontrei da minha vida o valor,
com o amor segui sem querer voltar atrás.

E não há nada que me faça arrepender
desse infinito nascer do Sol na escuridão,
mesmo que a traiçoeira noite faça doer
de saudades o meu frágil coração.

Pois amor é tocha que faz a chama não apagar,
que estende toda a beleza incontinente;
ele é a força que nos faz querer lutar
em meio à negatividades e descrentes.

Pois amor não é regra, nem normalidade,
nem descrições de palavras fajutas...
Amor nunca é o que se espera ser,
vai além do que um poeta possa escrever.

Gabrielle Castaglieri

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Madrugada de véspera

Sinto como se agora fosse
a véspera de um reencontro.
Estou aflita e saudosista,
me faltam folhas para escrever
a ansiedade autoritária
que me atou agora
para o nada acontecer.

Sinto como se agora fosse
a porta dos meus sonhos se abrindo
na continuação do tal livro...
e já é tarde, você deve está dormindo
sem saber do amanhã que virá...
eu também nada sei
mas apenas quero imaginar...

Sinto os meus olhos desobedientes
fecharem no meio das palavras,
o sono é grande e persistente
nessa madrugada desgovernada.
E o som dos carros na rua,
e as luzes de natal nas casa
só fazem o meu corpo ceder e deitar...

Gabrielle Castaglieri


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Soneto Virada da Noite

Como é bom uma noite ganha
de olhos abertos, propositalmente,
não mais na triste insônia
como de costume antigamente.

Poder acompanhar as belezas da noite
e também suas mazelas;
os morcegos, as canções, os andarilhos
e os pássaros anunciando a manhã bela.

Abrir a janela ao canto de um canário,
ver os trabalhadores subindo no ônibus,
e os despertadores tocando ao som da rádio...

Ver o primeiro raio do nascer do Sol;
pegar um caderno, escrever poesia,
sentir a neblina e uma leve ventania.

Gabrielle Castaglieri



segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Casa de Penhor

Passei o dia observando
Através da minha janela
O outro lado da rua
Onde havia uma casa velha
Com vitrines empoeiradas.

Era uma casa de penhor,
Todos passavam curiosos
Inclusive um senhor.
Este não se aguentou
E foi ansioso entrando,
Já era bem grisalho
De um andar estranho.

Com o semblante espantado
Saiu depois de um tempo
Algo ali foi penhorado...

Desci à rua para saber
Sobre a casa de penhor
O que eu poderia vender,
Se poderia trocar a minha dor
Por aquilo que o presado senhor
Trocou ali, muito entristecido.

Fiquei sabendo de uma rosa
Que o grisalho ali deixou
Por apenas uma prosa
Com o simpático vendedor.
Este senhor não havia dívidas
Que precisasse penhorar..
Só tinha uma promessa
Não cumprida, de amar.


Gabrielle Castaglieri

sábado, 17 de dezembro de 2011

Futuro, hoje, ontem.

O futuro é o paraíso onde me espera o meu amado,
é a cadeira de balanço, o olhar enrugado,
é a riqueza duma vida se transformando em diamante;
é a feliz realização de sermos eternos amantes.

Já o hoje é a desventura terrível e amarga,
que tira o apetite, que me esfaqueia e rasga,
que traz recordação do amor que pausou
com a promessa de voltar, no coração ficou.

O ontem é a felicidade terrível, por não tê-la mais,
é o riso, o pulsar, o cruzar dos olhos,
é a saudade e a esperança e a certeza,
é o amor desabrochando a sua beleza.

Gabrielle Castaglieri

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tarde de melancolia

Sensação que não vai embora
o querer estar perto
a vontade de correr ao amor
mesmo o amor correndo de mim.

Estou no eterno recordar,
no respirar em lembranças,
e se entupir de poeiras do passado.

E os delírios constantes
coisa que não passa
e não deixo passar
Pois é o conforto diário...
a ilusão amiga...
todo amor imaginário
e o sofrer real.

Ah que saudade dele,
ah que vontade do amor,
de amar e ser amada...
ah que saudade...

Saudade de me ver contente,
do "eu te amo", da poesia.
Saudade da saudade passageira...
aquela que eu sabia não durar
pois em instantes era certo
que ele iria chegar...

Agora não há certeza,
também não há dúvidas.
Não há mais nada.

Nada que me prenda,
nada que me dê alforria.
Minha liberdade é o amor
e estar presa em alegrias...

E esse pôr do sol,
esse piano tocando...
nessa tarde infinita
que esfaqueia em lembranças
que é cruel em seus momentos,
só me faz desfalecer
por não saber do amanhã
e do que me guarda o "para sempre".

Para sempre o que serei?
Para sempre em não saber
do para sempre que me guarda.

Para sempre essa tarde...
esse sol e esse piano...
essa foto e a poesia,
e o descontentamento,
e a infelicidade de mim,
de ser eu, ser assim.
E não poder fujir
criar outra cena,
outra vida, outro amor.

Onde corre os teus olhos?
Que paisagem, que momento?
Mais um ano vai caindo...
sendo levado pelo vento...
e onde estão os teu olhos?

Corre os teus olhos na poesia,
na melancolia da menina
que sofre o amor partido,
que sofre por ter sido amada
e ter amado...
ter tido amado.

Gabrielle Castaglieri

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Hoje sou ontem.

Hoje sou o que restou de outrora.
Sou a memória empoeirada
que você guardou em sua gaveta,
sou a esquecida e velha amada.

Hoje sou uma fotografia em preto e branco
de um casal que foi efêmero e constante,
de uma alegria que foi... e apenas foi.

Hoje eu talvez nem seja mais...
hoje eu esqueci de mim....
hoje eu vi sua face embaçada
numa janela de vidro...

Hoje eu sou apenas mais uma gota
de toda a nossa tempestade.
Hoje eu sou ontem.... apenas ontem.

Gabrielle Castaglieri

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A primeira valsa...

Estou há algum tempo de luto.
O vermelho da rosa se tornou negro,
todas as alegrias se tornaram vulto
que passam por mim deixando-me o medo.

Medo de recordar do nosso riso,
da nossa valsa. Medo de chorar.
Medo de me cortar com a dor.
Medo... medo de lhe recordar.

É doloroso saber que você vive
e ainda assim eu não posso te ver.
Como eu queria dançar outra vez...
dançar outra vez uma valsa com você.

Aquela nossa valsa se eternizou em mim
os passos incertos, a cabeça ao chão
olhando para os pés, para não errar.
E nossas voltinhas, no nosso doce refrão.

 Gabrielle Castaglieri

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ser sem poder ser.

Quero ser o que não posso ser.
Sede insaciável de mim.
Procurando no escuro meu ser.
Quero ser e crescer enfim.

Tombando nos próprios pés
me cansando de nada e por nada.
Sempre recorrendo ao invés.
Querer subir sem existir escada.

Abasteço-me de imaginárias forças
e quem guia é o estinto,
mas não há muitas escolhas
quando está num labirinto.

Já não há lógica nem emoção
nesta perda de mim mesma.
Se calou meu coração
não há sentido que prevaleça.

Ser sem poder ser...
existir no inexistente
do iníquo universo
onde nada é coerente.

Uma insídia foi me dada
no dia do nascimento
subitamente iludida
pela existência em momentos.

E agora, o que é existência?
A ciência de anatomia nada explica.
Se soubesse de minha decorrência...

O coração bater nada significa.
Se minha origem desconhecer
do quê vale a frequência cardíaca?

Vivemos num quarto escuro de questões
e muitos morrem sem as responder.
Questões estas impossíveis...
será o sentido da existência morrer?

Será que nas terras que cobrem as frias carnes
há mais do que o pranto dos amantes?
Será que estas terras transformam
um miserável em ser constante?

Será que um instante do infinito
pode caber em minha mala?
Será eu só um faminto
por essa viagem em escala?

Gabrielle Castaglieri

sábado, 19 de novembro de 2011

Amor sem resposta...

O porquê de tudo isso eu não achei
em mais de mil enciclopédias procurei
Não poderia ter dado tão errado
para quem dizia que o amor é infindável...

Ah... está a corroer a minha alma,
a dúvida sem resposta tira a calma
e me deixa encarcerada na prisão
sem alma, amado e coração.

Eu vi o coração se debater enfrente a mim,
as lágrimas caíram sem ter um fim
a lua cheia, de noite esbelta, se entristeceu
olhei para o céu e soube que algo morreu.

Gabrielle Castaglieri

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A espera de um trem

Sentado está na plataforma
A espera de um trem
Olhos fitos nos trilhos
Com ansiedade, mas nada vem.

Passa a hora, pressa e passageiros
Tunza umas três vezes
Pois tudo é corriqueiro
Um rato atravessa o trilho,
Algo já mudou.
As lembranças o invadem,
Mas nada voltou.

Parece ser eterno
O momento de espera
Tudo é só demora
Neste dia de véspera.

Encarcerado no tempo,
Desolado na estação,
Torturado pelo relógio
Nos segundos de involução.

Uma música invade a mente
E não para de tocar
A melodia é fiúza
E só faz recordar
D'um dia de marasmo
Numa outra ocasião,
Reminiscência de outrora
Numa outra estação.


Gabrielle Castaglieri

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Adaga de saudade

Perfura-me sem medo com esta adaga
quem ou o quê dizia ser o amor
arde no peito como já não sei se respiro
sou toda rasgo de vida em dor.

E, agora, se arrancar-me do peito a adaga
certamente morrerei com o olhar ao nada
a dor é, ainda que insatisfatória, a vida
sem a dor não sinto nada, sou nada, com nada.

E ainda há de se prolongar por anos
o descontentamento das lembranças
daquilo que um dia chamei de vida,
da dor que um dia trouxe esperança.

Mas nada mais é ... nada mais!
Sou apenas uma foto de recordação
um grito de quem sabe que é efêmero
quem tem uma adaga que perfura o coração.

Incapaz da correr ou andar ao alvo
fico na penumbra de um verso,
num recordar de uma palavra,
no masoquismo do saudosismo.

Gabrielle Castaglieri

sábado, 12 de novembro de 2011

Amada Saudade, vá embora!

Esfaqueia a minh'alma este amor empoeirado.
Estou presa num futuro inexistente e imaginário.
Gritos alucinados pela dor saltam da boca.
Estou me prendendo pois percebo que estou louca.

Tresloucada vivo num tempo não contado.
O ponteiro roda, mas vou ficando no passado.
Vivo pois já fui algo que fez brilhar um olhar.
Hoje choro. Choro pois só as lágrimas podem brilhar.

E estas lágrimas chegam a secar, e sou toda saudade.
Saudade do amor, saudade da dor, saudade de ter saudade.
Saudade infinita que me inunda e transborda.
Saudade amiga que as vezes até conforta...

Saudade, minha amante. Beije minha face e vá embora.
Corra com o tempo, me tire do passado, mostre-me o futuro.
Fuja pra bem longe, deixe-me viver. Leve está hora.
Deixe esclarecer, pois não aguento mais acordar no escuro.
Saudade, minha amada. Te amo, mas vá! Vá embora.

Gabrielle Castaglieri

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Morrendo...

Sinto meu sangue secar na carne
e gélida fico, pouco a pouco.
Morro enfim, e cessam as palavras...
sinto dentro algo ficando oco.

Parte de mim quatro almas,
morrem hoje sem serem conhecidas.
Parte de mim três homens...
Parte de mim eu mesma.

A alma da poesia arranca-me o amor,
arranca-me por inveja de como o recebi.
O espírito da palavra leva-me o fervor,
leva-me por rancor do amor que perdi.

E sou nada, como sempre fui.
Sou nada, sem tudo ...
Tudo que não dei o necessário valor.
Perdi. Por não demonstrar o amor.


Gabrielle Castaglieri

Sobre o passado.

Sobre o passado só sei que ele volta.
Mas nunca é passado, sempre vistoso.
Nunca vi algo mais lindo que o tal passado,
sempre tão belo, sempre sabido de tudo.

Sobre o futuro? Não me lembro bem.
o futuro, incerto... incerto...
E o presente é faltoso. Nunca está.
Presente pra mim...? Nunca ganhei.

Porém do passado sei...
sei bem que o desconheço!
Sei sobre nada, e nada é tudo.
E este "nadar" de dúvidas
é um mergulho nas profundezas
de um mar de letras incertas,
e conhecimentos ancestrais,
que dizem-nos reais ser..
mas sabem de nada saber.

Gabrielle Castaglieri

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ampulheta de madeira II

Varreremos os quartos, é a hora da luz.
Faremos o parto, e o nascimento conduz.
Que nesta vida encontremos um ciclo
no mágico círculo que criam-se as formas.

No útero fértil que contém esta terra,
esta origem, esta nova vida feito mina,
onde toda preciosidade se encontra.

E a madeira que guarda o tempo
se inverte outra vez: um recomeço!
A segunda era, a semente germinada,
os ventos tragam a nuvem, e a chuva.

Tomemos o cálice do viver...
e que as velas levem os sonhos.
Ao apagar da luz, a troca de energia...
e que tudo nasça agora com magia.


Gabrielle Castaglieri

sábado, 29 de outubro de 2011

Universalmente Eterna

Foi que o amanhecer serôdio chegara.
Depois da lamentação do entardecer
houve o sono, a noite, por fim o sol,
concretizando o sempre renascer.

Mas este dia já dura-me tempos
que canso-me de tantos e tantos risos
e entristeço-me pela noite que não chega.
Sendo noite, sendo dia, não descanso em alegria.

Pois é saudade da Lua, das estrelas no escuro.
Pois foi saudade do Sol, do calor e do claro.
E é esta saudade que deixa-me em cima do muro.

Queria, pois, dia e noite juntos. Lua e Sol.
Gostaria de casar o dia e a noite.
Que maravilha. Que lindo. Mirífico!
Estaria completa em plena eternidade
- no nunca fim do dia e noite
e do sempre... sempre fim-
eternidade dos astros e das cores.
O azul claro contrastando com o escuro...
Que maravilha. Que lindo. Mirífico!

E na imensidão dos desconhecidos astros
mergulharei sem especular ou duvidar.
Universalmente eterna em eternidade.
Eternidade universal que desconhecemos.
Que ilegaliza, a nossa finita idade...
por constrangimento da ignorância,
por ser finita no dia, ser finita na noite.

Gabrielle Castaglieri

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ampulheta de Madeira I

Nos segredos que atravessam as nucas
se guardam as vozes apaixonadas.
Onde um beijo escondido nas rugas
é ampulheta pós adaga transpassada.

No espelho: autoevidência,
do corte e da ampulheta;
e da paixão, e da frieza;
do cortejo e do divórcio;
e do nada pálido que se fez...

Olhos vistosos da meninice
tornaram-se um só, num só vulto,
que já não veem nenhuma curva...
esta luxúria prendeu-se em sepulcro.

E nas ruas que cortam florestas
formam-se as alamedas vidas,
envolvendo-nos no corte da seda
quando passamos por alamedas vivas.

Vida envolcra por árvores que respiram
e escutam nossas prosas e proesas.
E leem as graças, e as saboreiam,
do escravo, do duque, da duquesa.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Razão para o tempo

Rogo pelo afago do tempo precioso,
que ele me abrace dias mais curtos,
que ele me beije alegrias mais longas.

Ímpeto de ações impensadas...
efêmero... nada mais que efêmero!
Quero uma razão cordial para o tempo.
Quero amar e pensar com o tempo...
Pensar sem este tempo traz fobia,
traz o medo de ser só instante perdido,
traz a dor de partida num verso de poesia.

Mas nestas horas meu coração perde tempo...
e, por perder, pede; e, por pedir, ganha.
Com um tic-tac atrasado de um relógio
meu coração, em poucas letras, clama.

Neste clamor escrito posso escutar
uma voz que canta e vem me abraçar
fazendo-me esquecer do tempo...

Mas passam-se horas e os pensamentos gritam
mais alto que o canto, mais alto que o relógio.
E continua a agitação, na calmaria da noite.
Na escuridão peço uma luz, em prece, com pressa.

Gabrielle Castaglieri

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quão grande é nada.

Não poderei desfazer o que não foi feito.
Nada foi, nada é... quem sabe será...
Quem sabe terá seu efeito.
quem sabe... será?

Mas se não sou, poderei ser?
Mesmo sendo alguém que sabe que...
Hoje, em nada, sou tudo;
amanhã, em tudo, serei nada.

Ainda que a beleza de um objeto desapareça
serei tudo em poucas palavras manuscritas.
O que restou do saber de uma vida...
Meu regozijo é essa tinta e papel,
é a arte que ainda pode ser sentida.

Quão grandioso é o "nada".
Por nada escrevo...
(Por nada, senhorita)
...pois onde há "por nada"
há também um "obrigada".

Gabrielle Castaglieri

Fiquem com Deus, queridos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Plantaram uma semente em minha terra
da qual eu não conhecia.
Mas O Senhor, em Sua Misericórdia,
plantou outra semente em mim,
e fez as lágrimas cairem em clamor
para que essa semente germinasse.

Porque muitos querem adentrar nessa terra;
querem fazer com que eu confunda as árvores,
assim como a serpente fez à Adão e Eva.
Mas O Senhor não deixa a noite ser eterna
e faz o Sol nascer dia após dia
e fecundar todo o meu solo.

O Tudo em mim. Ele nunca me deixa faltar.
Pois É Único e Presente em mim.
Ele aproveita as minhas lágrimas
para regar meu próprio solo.

O Senhor dos Exércitos faz com que
eu perceba o erro e não queira nunca mais errar.

Não confundir-me-ei sobre A Sua Palavra,
pois Ele É Quem me dá liberdade.
Não desesperar-me-ei em Suas Mãos,
pois Estas São as Únicas Mãos que me trazem Paz!

Misericórdia das manhãs.

Em uma dessas noites de luta,
das quais tentam me afligir,
O Senhor Encheu-me com Teu Espírito,
Fez entrar Ar nos meus pulmões,
Mostrou-me as palavras do enganador
e suas tentativas desvairadas.

Me chamaram de louca por amá-Lo
mas Ele Mostrou-me que sou sã
em Tua Glória e Esplendor
Mostrou-Se Ser O meu Salvador.

Ele É O Leão da Tribo de Judá.
Ele É O Deus de Israel.
Ele É O Príncipe da Paz.
Ele É Único,  e não há outro.

Agora eu olho para o Céu
e posso ver As Constelações
que são Perfeitas, como Deus,
pois Fazem parte da Tua Criação.

O Teu brilho é diferente dos demais.
É O Único brilho que preenche.
É O Brilho que nos conduz
para Vida Eterna em Jesus.

Ele É Quem me deixa livre.
Não é como os outros, que prendem;
em cordas fracas, mas prendem.

O Senhor de Israel É Quem Liberta,
Traz Vida e Novos Dias.
Ele É A Misericórdia que Se Renova
por Todas As Manhãs,
por Todos os cantos do mundo.

O Teu Espírito É O Ar que todos respiram.
O Teu Iluminar Está Na Estrela do Dia,
que nasce todas as Horas
e que Sempre Traz Misericórdia.

Em baixo da água há oxigênio,
mas não fomos feitos para morar lá;
quantos lá morreram não podendo respirar?
quantos lá acharam que poderiam morar?

Mas O Senhor É O Ar
que precisamos para respirar.
O Senhor É Quem Está
em Todo Lugar.

Afasta de mim a religiosidade, oh! Pai.
Faça-me ser como o Teu filho deve Ser:
espalhando e sentindo o Teu Amor.

Afasta de mim a má língua
que, achando-se estrategista,
querem me caluniar.

Mas O Senhor É Forte e Poderoso.
É Quem me guia pelas Estrelas.
É O Mesmo que guiou os Três Reis para Jesus
pela Estrela de Davi.

E Agora, somente no Teu Presente,
posso andar pelo caminho
indicado por Tua Criação.

A Tua Criação que Te adora
enquanto me vê passar.
A Tua Criação que Te exalta
enquanto começo a clamar.

Gabrielle Castaglieri

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Videntes

Prevemos o futuro
porque somos sobrenaturais.
Lemos as linhas de nossas mãos
e sincronizamos os pensamentos.

Desde há não sei quantos anos.
Pois já faz muito tempo.
No primário... no primário...
me expulsou do banco.

Banco dos sentimentos
de um homem lindo...
banco daquele homem...
daquele homem....

Uma cenoura me contou:
-- Vá ser amiga dela!
Um óculos me olhou
como quem diz:
-- Esta senhorita é legal!

Vamos caminhar juntas?
porque não sabemos do futuro!
Tentamos... mas não sabemos!
Vamos caminhar juntas?

Gabrielle Portella

Kauãne e Joice *---* 
Joice, obrigada por tudo...
Aqui tenho metáforas que SÓ nós entendemos (kkkkkkkkk). Coisas que segundos, tereiros, quartos não podem saber (kkkk²). Nós nos conhecemos lá, na primeira série (é por isso). E sempre achei você uma GRANDE garota, super interessada em AJUDAR, seja apenas por meio de uma singela brincadeira!!!
Que Deus te abençõe grandemente!
Peace, love and emphaty!

Princesa dos cabelos de fogo

Ah! minha pequena-grande sábia
tens de mim muita admiração
por ter sido forte, e estar sendo
em meio às coisas que vêm acontecendo.

Recusarei esquecer-te até a sete palmos...
Calma, ainda não vou morrer!
Mas até comendo terra estarei contigo...
com sorriso marrom, mas estarei sorrindo!

Já conheces minhas metáforas
que já não temo em usá-las.
Conheces também minha fadiga
em expressar as metáforas.

Mas só não lhe perdoarei
por ter trocado-me por outra.
O que fiz para não me querer?
(Será que sou má sogra ? )

Por fim, amiga, estejamos unidas
ao mesmo tempo distante.
Pois estamos perto,
ao mesmo tempo longe;
pois há sincronia,
ao mesmo tempo medo...
mas, se é pra ser, oh! amiga,
que estejamos unidas!

Para não sair da rotina
acabarei meio cafoninha
repare em minhas palavras:

Sonho que os teus sonhos
sejam os mais firmes,
e que, de fato, se realizem.
Ando para que andemos
com força, de mãos dadas
(calma senhor mocinho
não vou roubar sua namorada).
Derramarei lágrimas no seu pranto
mesmo que eu esteja só, num canto.

Gabrielle Portella

Ana Beatriz, CHIBE HIMEEEEEEEE.... caramba, não tenho nem palavras além das que eu coloquei ali em cima. Você é um anjo! Toda forte ai, ao mesmo tempo toda emotiva (emoooooooo kkkk, brincadeira). Pooow... quando eu ia imaginar que uma garota de 12 anos é tão responsável assim? Ain, revelei sua idade, vai ficar nervosa ? (geralmente velhinhas ficam nervosinhas !kkkkk brincadeira ²)
Te amo um tanto "Up!" (sacou? kkk)
Se cuida Tchutchuca! ;)
Fica com Deus!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Datas sem datar.

Há pouco te conheci
e há pouco me conquistou...
pouco tempo... esse tempo...
vem me trazendo novos rumos,
amizades, alegrias.

Lembro-me de seus conselhos
(logo no começo)
como de uma irmã mais velha,
parecendo conhecer da vida
(e sim, você conhece
o suficiente para me explicar
e me encorajar a lutar)

Seu papelzinho ilustrado
foi o que sorriu meu dia
a simplicidade é tão linda
em uma música, em uma rima.

Esta é minha forma de agradecer
à quem tanto me faz bem
sei que não vou esmorecer
se lhe manter nessa viagem.

Gabrielle Portella

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk' muito massa!!!!!! *-*
Carlota, marmota (a única coisa q eu achei pra rimar kkkkk)... Você está sendo mais que importante agora, sério. Eu sempre gostei de coisas simples, tipo, um recado num post amarelo colado no caderno, e você faz as coisas boas sem que eu precise pedir. Tem um coração muito bom, e capta os sentimentos!
Só tenho q agradecer: Obrigada! *-*

Não tenho palavras

Escrevo dia após dia.
Leio algo aqui, algo ali:
num panfleto, num livro;
num diário, num rabisco;
numa revista ou num jornal;
no bilhete no mural.

Mas estas palavras ainda são poucas
para expressar tudo o que sinto;
à vocês que mereciam o mundo
de letras em meus escritos.

Gabrielle Portella

À minha família ( Edu, Marta, Nine), que sempre me ajudaram independente de tudo. Como uma família comum temos lá nossos defeitos. Muitas vezes me angustiei por uma coisa que meus pais me falavam, mas depois acabava percebendo que se não fosse a repreensão eu poderia estar fazendo coisas totalmente diferentes dos meus conceitos de hoje. Agradeço a Deus por ter me posto em uma família tão linda como esta.
Obrigada Mãe, Pai, Mana! *-*

Lutadora

Há coisas na vida que não passam
e, ainda que não estivesses aqui comigo,
continuarias sempre estando.

A sua simplicidade é virose
que em qualquer lugar se alastra
Mas uma virose de coisas boas
única virose que todos devem pegar.

Vejo aí você, conquistando a cada dia.
Crescendo rapidamente e distribuindo alegrias.
Lutando diariamente no ringue da vida.
E é a maior vencedora, pois vence todos os dias.

Gabrielle Portella
Letra da Joice! rsrsrs *-*

Que você tenha muitas e muitas outras vitórias. Que haja muitos e muitos dias na sua vida, apenas de alegria. Que você não passe uma noite em claro se for pra chorar. Que sua vida seja pra edificar, oh minha querida amiga lutadora. Você é um presente de Deus pra mim e, eu sei que sou pequena, mas enquanto eu puder, ao menos, através de uma poesia ver um sorriso em teus lábios....... Tenha certeza que é só pra isso, te ver feliz!
Eu orarei e clamarei, à Quem nos deu a Vida, por ti. Até o último fôlego de minha existência.  Porque, ainda que você já seja filha Dele, Ele quer sempre se aproximar mais de ti! Que você também almeje isso, porque, tudo o que eu tenho hoje, até o dom com as palavras, foi Deus que me deu!
Eu Te Amo Demais, Amiga!
Fica com Deus, Monielly Fighter, rsrsrs!!!!

Uma oração...

Queria que minhas palavras, nesta hora,
criassem asas e voassem aos teus ouvidos.

Por que não em uma música?
Talvez se eu pudesse apenas escrever...
talvez eu já não queira que tu me ame...
talvez eu queira apenas vê-lo bem!

Rejeitaria o meu próprio coração
para que você olhasse para o Sol.
Rejeitaria o amor de quem eu amo.
Que eles me odiassem, mas se tu, amor,
olhar para o Sol em seus momentos de angustia....

Não quero mais que escute a chuva cair,
porque todas as gotas já vieram para lavar...
E agora, depois dessa noite, há de amanhecer.

Ah!... quantas vezes já me chamaram de louca?
Quantas vezes? Meu Deus!!? Apenas por amar.
Se o amor fosse essa loucura, não haveria um porquê.
Sem o amor, sem o Senhor, sem meu amor....
não haveria nenhum porquê!

Os calos dos meus pés nunca serão em vão,
porque eu não me cansarei, enquanto houver Deus.
Nada acontece por acaso, tenho lido isso.
Oh Deus, ergue-me assim como ergueu o salmista!
Oh Pai, que esse meu erguer seja para trazer amantes
à tua palavra, aos teus átrios, ao teu afago!

Porque agora estou um tanto cansada,
com o coração em aperto...
mas o Senhor nunca irá se cansar!
O Senhor nunca irá se cansar!
Então, sendo bom como És,
traga-os pra Ti... faça-os sentir
o mesmo amor que eu senti!

Gabrielle Portella

Apenas queria que todos amassem da forma mais linda, mais pura. Tente-se recordar de sua infância! :)

(...)

No calar da noite no meu canto eu clamo
ao santo Cristo que venha me salvar
das horripilantes vozes que trazem-me o sofrer,
o choro pinga, mas a vontade é de gritar.

Nada mais me inspira ou me da vontade de sorrir
a fé está em um milagre para vir me socorrer
sinto que agora é a minha hora de partir
mas algo me impede e me traz o gosto de viver.

O sorriso invade como um vento impetuoso
estou tão forte a ponto de enfrentar um tufão
na minha cama lembro daquele canto jubiloso,
um passado que ainda alegra-me o coração.

Sei que sou forte e filha do Rei
as vozes que arrepiavam já não existem
de tanta gratidão à quem me salvou viverei
contudo sei que dele não vivo sem.

Senhorita dos sorrisos

Uma professora chega na sala e pergunta:
-- Quem é a pessoa que sorri sempre?
Os alunos inquietam-se e questionam-se:
-- Quem? Quem? Quem será esse alguém?
Para ajudar, ela acrescenta:
-- Essa pessoa acolhe amigos!
Os alunos, atrevidos, tentam algo:
--Ah... sabemos! sabemos!....
erramos!... não sabemos... não sabemos!
A mestre, sabendo quem é, faz o seu suspense:
Dou-lhe uma...
Dou-lhe duas...
Dou-lhe três...

As questões da professora
ninguém soube responder.
Mas há questões na vida
que já sabemos sem saber!

Gabrielle Portella.


Fiz pensando na Giovanna Garavelo. Uma menina meiga, que só "desabafa" quando precisa para não passar seus sentimentos ruins. Não vou ficar aqui falando muito porque, como diz o texto/poesia, há coisas que estão na nossa cara, que todos sabem, mas não conseguimos (talvez essa seja a palavra certa) ver.!
Geek (rs), todos podem ver esse seu brilho, e que você continue assim desse seu jeito meigo que atrai amizades!
Já te amo, coisa fofa! *.*
PS.: Falei que não ia falar muito e acabei falando! KKKKKKKK D: KKKK

sábado, 24 de setembro de 2011

Estrela Litorania

Tu que ilumina este lugar,
traz calor e traz alegria.
Numa praia acinzentada
é você que traz a vida!

Amiga minha, minha irmã,
lembro-me sempre de nossas risadas,
nossos abraços, nossos conselhos,
sempre na mesma jangada.

O "te amo" é pouco para dizer
tudo o que desejo à você.
Assim como tu clama para o Sol vir
eu clamarei à Deus por ti.

És encantadora, és minha modelo,
mais lindo ainda é o que há por dentro.
Algo que poucos podem ver,
que és meiga até sem perceber.

Caminhe sempre, não desista.
Exalte sempre a tua verdade.
Seja você, assim tão linda.
Tenhamos sempre essa irmandade.

Gabrielle Portella

Em homenagem à minha prima Giovanna que faz aniversário hoje, dia que pra mim é mais que especial. Ela sempre foi pra mim mais que uma prima, foi uma irmã um tantinho mais nova, rs. Quero que Deus a abençoe sempre, que ela sempre esteja com Ele, pois Ele é o que há de melhor! 
Eu Te Amo, minha princesinha! *-*

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Quando todos clamarem em lágrimas
se formará um rio de emoções
que lavará as almas das pessoas,
e ressaltará as más intenções.

Mas a esperança flutuará
em submersão de fé.
Por toda a correnteza levará
a incerteza do que há de vir.

Todos gritam pois o fim chegou:
isso que vejo agora, do futuro.
Nada do que construíram adiantou
para evitar o fim do mundo.

Gabrielle Portella

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A pomba, o vento, a pena.


Está a passar pela rua
uma menina atordoada.
Anda dois ou três passos...
para. Espera. Olha para o céu;
procura algo. Chora.
Anda um, talvez dois passos...
olha para o céu outra vez
dessa vez passa uma pomba
que deixa cair uma pena.
Essa pena é levada pelo vento
os olhos da menina são levados pela pena
até que a pena cai em suas mãos.
Ao pegar a pena a menina olha pra frente
enxuga os olhos e caminha adiante.
Anda dez, talvez vinte passos
até desaparecer no horizonte.

O vento bate no meu rosto,
balança os meus cabelos,
entra em mim pelo respirar,
e invade os meus pensamentos.
Quando ele chega lá dentro
sussurra pra mim em doces palavras:
-- A pomba passou por você outra vez
( você sabe qual foi a vez),
a pena caiu, eu a levei em suas mãos.
Você a olhou, a guardou, mas não prosseguiu.

Eu tento encarar o vento
e fixo meu olhar no céu cinzento.
Passo frio neste relento tentando o encarar.
Quando paro pra pensar lembro-me
que ele adentrou em mim pelo respirar.

Há várias pombas no mundo,
que sempre deixam penas caírem
(pois é uma ordem natural)
Mas quantas dessas penas voam com o vento
e chegam precisamente na mão de alguém?

Há certas coisas na vida que sentimos saudades
mas não nos lembramos do quê.
Talvez aquela inocência de nossa infância;
talvez o amor, talvez a esperança;
talvez o vento, talvez a pomba.
Mas só nos lembramos dessas coisas
quando paramos para olhar dentro de nós;
quando não vamos ao espelho,
quando não nos envergonhamos do pranto.

Você que espera uma pomba,
e da pomba espera uma pena,
e da pena espera o vento,
não pare de caminhar...
mesmo que em curtos passos...
não pare de caminhar!

A esperança é a pomba.
Pois só com esperança ela chegará.
O amor é o vento.
Pois só com vento você irá respirar.

Gabrielle Lamarque 

Pensamentos Entrelaçados.

-- Será que está a pensar em mim?
Pensava consigo o Renato, sobre Amanda.
-- Será que está a pensar em mim?
Pensava consigo a Amanda, sobre Rodrigo.
-- Será que está a pensar em mim?
Pensava consigo o Rodrigo, sobre Maria.
-- Será que está a pensar em mim?
Pensava consigo a Maria, sobre Renato.

Todos receberam um pensamento!
Está vendo? sempre há finais felizes!

Gabrielle Portella

Sinônimos e Antônimos

Olhemos para o mundo agora
e descobriremos quem somos.
Leiamos nas palavras escondidas
(desse livro: essa vida)
todos verbos, cada pronome;
toda vogal, cada consoante;
todo eu lírico, cada metáfora.

Acharemos o tesouro das especulações
que os leitores da vida fazem e não respondem.
Juntemos todas as armas de recordações
de tudo o que já descobrimos no meio da leitura.

E o tesouro do saber há de ser nosso.
Saberemos, pois, que não podemos saber.
Desbravar e desbravar, mas esse universo é imenso.
Saberemos, pois, que não podemos saber!

E nesse desbravar descobriremos
que também não fomos, e não somos
o que achávamos ser até o momento.
Mas saiba que nessa poesia podemos ser
os elementos de construção: as palavras.

Somos, todos nós, sinônimos.
E sinônimo não quer dizer igualdade
mas sim semelhança entre palavras e,
no nosso caso, entre seres humanos.

(Aproveitando a citação em humano
venho lembrar que estamos sendo desumanos,
tão desumanos que até chego a crer
Que na terra não há mais humanos)

Somos, também, antônimos.
E antônimo quer dizer desigualdade
são termos totalmente diferentes.
Sentidos contrários, sempre afastados...

Gabrielle Portella

Tive como inspiração pra escrever essa poesia a aula de português de hoje. Por incrível que pareça foi exatamente com a professora Deolinda, quando esta comentava sobre uma palavra escrita no livro, e seus sinônimos. Esta palavra foi a "quiçá", que significa "talvez". Nunca me esquecerei desta aula. Obrigado Professora. :)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Poetas? NÃO, miseráveis!

Minhas incertezas são constante
mas, ao contrário do que fui antes,
não almejo ser uma certa.
Almejo apenas que meus sonhos
não cansem de subir essa escada.

E imploro à minha consciências
em pequenos-grandes surtos:
-- Não ache que sabe de algo,
você é incerta! você é ser humano!
As vezes esses pensamentos saltam dos lábios
me pego falando sozinha...
há vezes que grito, confesso.
Mas não me entenda mal,
posso até ser anormal
mas não tenho vergonha de dizer
aquilo que você sabe ser (e como sabe)
e tem vergonha de assumir.

Sejamos, então, sinceros
somos loucos discretos.
Disfarçando, entre linhas e palavras,
a intelectualidade inexistente.
Na verdade somos vagabundos de letras
implorando para que sejam nossas,
que nos dê um verso, uma poesiazinha.
--Oh! Letras Grandiosas, dê-nos uma esmola!
assim gritamos nos faróis das artes.
Somos miseráveis com fome de palavra,
Mendigando uma migalha de sua exuberância.

Não se assuste, leitorzinho.
A poesia emita a vida!
Saiba, desde agora, que você é louco!
Não... não dê risos sarcásticos,
mesmo que não estejamos enternados
em um manicômio, ou a base de remédios,
somos todos loucos na nossa maior sanidade.

Acabo aqui pois a hora voa
e já me cansei dessas verdades árduas...
Deixemos o real pra depois, não é mesmo?
Ou melhor, voltemos pra realidade,
pois vou-me embora, nesta hora,
neste instante... Ah... não!
Já se passou o instante...
está vendo? Menti!!
Menti só para acabar com isso
numa forma amenizada!
Passar bem.

Gabrielle Portella

Memória... saudade.. você.

Essa tua lágrima é como espada
que parte meu coração e minh'alma
não queria vê-lo assim, querido,
nesse canto do mundo, perdido.

O seu clamar em lágrimas chega à minha porta
E eu sei muito bem que preciso atendê-lo,
mas as lágrimas vão me partindo a cada passo.
O meu desespero em chegar é o medo
de falecer a alma antes de abrir a porta.

Não entenda que algo morreu, ou está morrendo,
mas sua tristeza me entristece de tal forma...
Não vou contar as lágrimas nem os passos
esse é o meu jeito de matar o medo antes da alma.
Agora são escolhas minhas. Só. Minhas.
Quando não eram pra serem só...
mas ser só não foi escolha minha, nem sua, nem nossa.

E a saudade é uma tortura medieval.
É como um potro que cavalga depressa.
Vem chegando, me cortando em suas cordas do cabresto.
Pois como cabresto faz parar cavalo,
essa saudade faz o tempo parar, ir devagar... tão devagar...

Mas sei que eterno somos nesses versos
e nas demonstrações diárias de amor.
Digo por mim, pois estás em tudo:
num papel rasurado, em um desenho tolo;
em palavras incertas; em palavras certas;
no despertar e no adormecer;
no questionar e no saber.

Impossível será não lhe lembrar nessas rotinas.
Impossível é, desde já, deixar a vida.
Porque em minha vida há inúmeras cousas,
cousas que estão atrás, mas continuam estando.

Sabeis pois, oh minha gente,
que memória é forma de presente.
Pois se agora é lembrado, agora aqui está.
Jamais passa o passado se você o lembrar.

Penso agora, então, como seria
escrever toda essa poesia
sem voltar nos versos anteriores.
Ficaria sem sentido, desconexa;
ficaria suja, vestida em farrapos;
ficariam palavras jogadas num quadro;
quadro de tempo, todo pintado,
todo misturado e sem formas
(um quadro que nem o pintor sabe decifrar).

Então exaltemos o dom da memória,
de poder lembrar do amor...
e de poder ter saudade...
coisa que não damos valor,
mas que é coisa de divindade.

Deus nos deu o tempo para deixar saudade,
que reclamamos toda hora, mas é o que fortalece.
Só com essa saudade poderemos comemorar vitória.
Só com saudade não evitamos as memórias.
Mas sem a saudade seria fácil, e acabaria;
pois sem tempo não há momento pregado na eternidade.

Então deixe-me com o saudosismo.
Pois tristeza não é motivo de vergonha,
e tristeza também não é duradoura.
Esse sentimento é apenas pela incerteza
de como está você, nesta hora.
Incerteza me aflige, mas me traz esperança.
Fé, talvez. Vê-lo sorrir seria o paraíso
que em meus olhos ficaria refletindo,
refletindo, refletindo, refletindo...
incessante fonte de alegria: o seu sorriso.

Oh amado, perdoe-me pelo término
destas minhas palavras em forma de poesia.
Tudo tem que ter ponto final.
Mas saiba que minhas palavras não cessam...
e o meu amor também não!

Gabrielle Portella

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Infindável Amor

Não importa o tempo que passa,
mas importa o tempo em que estamos.
Que seja eterno esse nosso agora,
que viva pra sempre essa nossa hora.
Que esse momento voe nas asas
de uma poesia libertadora.
Que esse instante de amor eterno
cante numa canção singela:
a vitória da eternidade passageira.

Pois sou em ti o mover
dos pensamentos turbulentos,
sou pra ti e quero ser
a eternidade em momentos.

Te presenteio meu respirar,
enchas sempre o meu pulmão.
És minha vida e o meu ar,
o que faz pulsar o meu coração

Oh! amor, já somos eternos
nessa passagem de metrô
em cada metro: eternidade.
É nosso infindável amor.

Gabrielle Portella

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Nascer Do Sol

Hoje meu coração se abre
à este sol que cai sobre minh'alma.
Ele ilumina a escuridão de uma noite sem fim
e traz aquele dia que tanto esperei...

Sua luz me invade de tal forma que chego a queimar,
e as lágrimas descem como lava ardente.
Ah, meu Deus, vejo hoje quanto miserável sou
vejo hoje quanto desprezível tenho sido
mas tu nunca me deixou, e nunca me deixarás.

Traga este amanhecer em minha vida.
Que o sombrio desta caverna se torne luz dourada como ouro.
Brilhe a estrela de Davi para indicar o meu caminho.
Compadece sua misericórdia sobre esta alma andarilha
que tem andado desolada pelas esquinas tenebrosas.
E que este Amor se multiplique em cada flor que brotar.

Quando eu me virei e fui embora as suas lágrimas caiam
seu coração despedaçava, e já não era possível te ver.
Sei que és certo de tudo, do mundo, mas as vezes me esqueço
e acabo afirmando tantas coisas em plena ignorância.

Meu Deus, o seu calar é explicado pela sabedoria
pois sábio és tu, que escuta e apenas age.
E o seu agir é um aroma suave, que me envolve.

És o conforto mesmo nas noites em claro,
naquelas horas em que o mundo está calado
e o único barulho é o gritar da alma.
Mesmo naquelas horas em que eu erro contra ti;
me abraças na angustia mesmo sem eu pedir.
Só em ti, Senhor, me refugiarei.

E quando eu precisei fui procurar um abrigo
então me envolvi nos braços errados.
Vi o seu rosto ir ao chão, em triste decepção,
pois estavas posto para me assegurar em suas asas,
estavas de mala para entrar no meu coração.

Mas tu és fé em mim e, assim, sem fim.
Sua fé (seu poder) deu-me um amor,
e amor, como já diziam meus pais, é o Senhor.
Amei eles sem saber que já estava a lhe amar.

Que o nome de Jesus seja constante finalização
para constantes recomeços em minha vida.

Gabrielle Portella.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Minha Amada Amanda

Sou incapaz por estar aqui
e fui incapaz por aqui não estar.
Se não estivesse aqui não a teria conhecido.
E, certamente, numa madrugada teria falecido.

Quantas coisas pude ter feito lá fora?!
São tantas que não me recordo.
Deixei de fazer cousas outrora
que já não me vale mais o agora.

Meus olhos estão na amada
pois é minha chance de fazer o que devo,
Antes que minha vida vire o nada
preciso falá-la os meus sentimentos.

Meu respirar é todo dela
vivo agora só pra ela.
Pois sou migalha de vida
esperando ser traçado.
Sua alegria é meu respirar
e sua tristeza é meu fardo.

Com a eternidade já não me importo
minha eternidade são seus sorrisos
Tão incessantes... ecoam na minha mente.
Não quero nada mais além do amor
e da esperança de que me ame.
Ela é tudo que me faz viver.
Poderia estar a reclamar do hospital
mas se eu aqui não estivesse
nunca a teria conhecido.

Essas minhas desconhecidas palavras
são pedacinhos de mim.
O que restou de uma vida,
o último ar de um poeta
frustrado e acabado
que aprendeu a amar
no último instante da eternidade.

Se for pra ser eterno
que seja nas palavras,
no amor, na esperança,
e na minha amada.

Renato Padenie

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dois em Um

Para além das ondas do cabelo,
para além do corpo sedento,
para além das curvas da cintura,
para além de qualquer outra curva,
para além dos lábios molhados,
para além dos beijos e abraços.

Não somente corpo,
somos um no outro.
Não somente ser,
somos feitos pra viver.
Não viver tão só,
mas viver em nós.
Não em se orgulhar,
mas só pra amar.

Não me vejo no espelho
como um eu apenas,
em meu reflexo vejo
você e nossas cenas.

Gabrielle Portella 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ilusão de te amar

O gosto do seu beijo não se foi,
nem o seu cheiro, nem o seu toque.
Posso sentir sua mão na minha,
seu respirar meio pausado,
seu suor a escorrer pelo pescoço.
Posso quase ver a sua face,
posso, as vezes, vê-lo passar.

Você é tão em mim, pra mim.
Você é agora, aqui, e assim,
tão simples, tão amante
tão pra sempre, tão constante.

Os seus passos firmes posso ouvir
como se estivesse a voltar
E já não posso resistir
à ilusão de te amar.

Te vejo e sinto tão de perto
que me esqueço quando dormi.
Tudo está perfeito, então desperto
e já não sei o real do que vivi.

Gabrielle Portella 

Cousas e coisas

E ainda posso ver uma janela,
e nessa janela uma fresta,
e nessa fresta um raio solar,
e nesse raio uma esperança,
e nessa esperança você.

Ainda posso ter um coração
e nesse coração pulsação,
e nessa pulsação um ritmo,
e nesse ritmo uma música,
e nessa música sua voz.

E ainda posso sentir calor,
e nesse calor me aquecer,
e nesse aquecer recordar,
e nesse recordar reviver,
e nesse reviver lhe ter.

Ainda posso tantas coisas
e essas tantas coisas com você.
Pois sou um mísero alguém
quando estou sem você.

São tantas cousas e mais coisas
e todas coisas tão você!
E cada cousa leva à coisa
e cada coisa leva à você!

Gabrielle Portella 

sábado, 10 de setembro de 2011

Projeto de lei nº 480

GENTE,
Hoje acabo de descobrir um novo projeto de lei (projeto nº 480), onde diz que todos os funcionários públicos terão de matricular seus filhos em escolas públicas, e serão proibidos de matriculá-los em escolas pagas. Sendo assim, os políticos do nosso país terão de melhorar o ensino se quiserem que seus filhinhos sejam inteligentes!
Divulgue isso se você, assim como eu, apoia esse projeto.
Obrigado,
GSP.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Nômade das Nuvens

Minha casa é vento.
Sou pena no vendaval.
Mudo. Sou. E mudo.
Por não saber o que mudou.

E nunca sei onde estou, o que sou,
sou levada sem perceber.
Um instante, e já ventou.

Se houver alguém nessas longas terras
que me indique certo à um lugar
pousarei e viverei na certeza,
mas é impossível "alguém" achar.

Pois nada é certo
(sou tão incerto)
é incerto dizer, até,
que nada é certo.

Quero eu ser um certo
(saber quem sou)
Mas se não sei,
e nunca ninguém soube de si,
assim mesmo viverei
pensando apenas em sorrir.

Sou nômade das nuvens
não sei pra que lado o sol vai nascer,
não sei se amanhã haverá noite,
não sei até quando vou viver.

Sou nômade das nuvens
voando conforme o vento.
Mutante vida, tão normal.
Um dia diminuo... outro aumento.

Sou nômade das nuvens
sem mala e sem pertences,
voando e tocando uma canção...
a canção do nunca-sempre.

Tenho identidade
mas não sei quem sou,
um mero papel
nada me adiantou.

Tenho também um nome
mas também nunca me importou.
Pra que serve um nome
se ninguém nunca me chamou?

Tudo o que tenho não me serve.
Tudo o que tive, se perdeu.
O que tenho hoje, é para os outros.
Não tenho nada o que seja meu.

Muitos se acham independentes,
caminham com malas em longas estradas,
até que seus pés se cansam
e já não lhe restam mais nada.

Por isso sou nômade das nuvens
voando na imensidão
Podendo ver o mundo por cima
em uma privilegiada visão!

Sou nômade das nuvens
sem ter relógio ou tempo
Minhas asas de amor
me dão forças ao vento.

Asas de amor
que ultrapassam os limites
na alegria de voar
não há quem me deixe triste.

Asas de amor
que me fazem viajar
pelos apavorantes ares
pensando apenas em amar.

Gabrielle Portella 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Soneto Terras Longínquas

Minhas terras tão longínquas
são difíceis de avistar,
nem um ser aqui habita.
Venha-me desbravar

Viaje na imensidão
do mar com o seu veleiro.
Este mar é mansidão,
não se preocupe com o tempo

Se já me amas venha amar
essa terra que eu preparo,
basta apenas viajar...

Nada é difícil com amor
a bravura se torna afável,
embarque com todo furor.

Gabrielle Portella 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

...

Venha, menino, sente-se comigo
Vamos ler juntos suas palavras insanas
e a sua incerteza que predominava
quero ver sua cara, seu desaponto.

Vamos, menino, talvez desvendemos algo
dessas questões do nosso passado
vamos nos embalar nas antigas brisas
vamos sorrir e apreciar essa maresia.

vamos, antes que seja tarde
e esse nosso mundo se desande
e não haja mais o mar, nem as flores;
e não haja mais o sol, e nem as estrelas.

Vamos aproveitar o som dessa praia,
o bater das ondas no mar de areia,
o som do vento, os raios de sol
e o tempo que ainda pertence a nós.

E quando nada mais haver, nem gente,
quem sabe a gente se lembre
desse dia, dessa última chance
que tivemos pra reverter o erro.

Gabrielle Portella

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ilusório não existe.

Apresente-me o impossível
Diante de meus olhos
Seja belo ou terrível
O desconhecido é o que eu gozo

Ilusório não existe
Do irreal tudo criamos
Se nosso amor consiste
O futuro é onde estamos

Gabrielle Portella


Bendita vida.

Minhas desilusões constantes
Passam por mim e gozam
Disfarço e sigo adiante
(bendita ignoração!)

Meu rosto está farto
De ser visto, e ver o que vos falam
Tenho de carregar o fardo
(bendita maldição!)

Alegrias são relíquias
Das quais tenho de encontrar
Ao amanhecer do dia
Ponho-me a procurar
(bendita agitação!)

Será bendita essa vida?
Da qual tenho que enfrentar
Minha afeição já está servida
À quem conseguir amar.

Gabrielle Portella

Mar de Amor

Quero ser tragada
pelas ondas do seu amor.
Quero ser levada
por você pra onde for.

Suas águas me envolvem,
quase quero me afogar.
Amor em pura desordem,
é o nosso jeito de amar.

Vou nadar em alto mar
sem medo de morrer,
pois minha vida é te amar.
Sem seu amor não vou viver.

Gabrielle Portella

Dueto Amor sem corte

A nossa canção
é delírio, é paixão
Nosso dueto informal
é o amor essencial

Incendiamos o piano
de amar, tocar amando.
Tocamos e nos amamos
Corpos se confundem com o piano

Nessa canção és minha voz,
e a beleza dos acordes
Tudo pertence só a nós
na sinfonia Amor sem corte

Toquemos sem dó
não fará diferença essa nota
Toquemos a sós
melodia intensa, sem volta

Há vozes a mais nessa música
gritos e uivos invadem
me entrego à canção: sou tua
nessa linda e longa viagem.

Nos perdemos na partitura
Não há quem guie essa canção
E já chegamos nas alturas
Nem vemos mais o chão

Gabrielle Portella

Novo lugar

Olhe para este céu
sinta essa brisa
se banhe no meu mel
e nosso amor se concretisa

Não temos um começo
muito menos um fim
saiba que aqui seremos
eternos querubins.

Cabeças que estão ligadas
pensamentos que se envolvem
que nossas tormentas passadas
nunca mais recordem.

Gabrielle Portella

Amor alucinado

Encontre-me agora... encontre-me.
Viaje com os olhos fechados
Vamos para além do horizonte
Onde não há certo e errado

Não acorde. Não volte.
Fique comigo aqui
Sou seu sonho, sua miragem
Enquanto podes dormir

Não tema a alucinação
Pois ela é amor, é paixão
Se entrega sem medo ao sonho
Antes que o Sol caia se pondo

Forasteiro amor sem destino
Dê-me a mão
Criemos o caminho.
Se for alucinação
Quero alucinar contigo.

São beijos e abraços desregrados
Neste amor sincero e alucinado
Sou seu coração descompassado
Creia: só tu és meu amado.

Gabrielle Portella

Cavalgar sobre o tempo

Não há tempo, não há regras
que imponha sentimento
mas se temos de esperar
que se passe esse tempo

Pela estrada cavalgaremos
sem precisar usar cabresto
Vejo a felicidade que teremos...
mas tudo tem o seu preço.

Oh amigo, oh amado,
esperem-me e chegarei
creia que em curto prazo
os verei e os contentarei

Quero manter nessa viagem
duas querubins pra me ajudar
nada melhor que a amizade
para, na escuridão, clarear.

Sinto assim tão forte
algo que arde dentro em mim
podem chamar de sorte
porque venceremos ao fim.

Cavalgaremos pelo tempo
com trotes, sem se apressar
que nos dê forças o vento
e certamente chegaremos lá.

Gabrielle Portella

Obs.: Essa poesia eu fiz com base no número quatro. Quatro anos, quatro pessoas , quatro patas (do cavalo), quatro versos em cada estrofe.... enfim, o número quatro foi o coadjuvante dessa história.
Por que 4? Porque muitas promessas que eu fiz e muitos desejos que eu tenho envolvem 4 anos e 4 pessoas, estas são: Monielly, Bia Dourado, Rafael Renhe e uma outra pessoa (prefiro deixar no anonimato). Bom, é só isso. bjs.

Comentário acrescentado no dia 01/10 : As promessas continuam, mas os desejos morreram!! Sempre renovo meus desejos, graças à Deus.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Poesia delirante.

Palavras insanas
Meu eterno tormento
Sofre a alma, tirana
Dançarina sem talento.

Vendaval, curto sopro
Se perdeu, curta trilha
Não sou eu, nem você
Somos nós, a sós...

Sinta-me aqui
Nestas (nossas) letras confusas
Sinta-me assim
Em todas rasuras

Imagino você
Lendo e relendo
Tentando entender
O que nem eu entendo,

E a quem ousar arriscar,
Nos avise por favor,
Não soubemos de nada (ainda)
Só sentimos, sem sentido

Nestes versos sem motivo,
Só um pouco de mim, e você
Sem nem ver, ou perceber
Sou só um texto, delirante....

Gabrielle Portella e Rafael Renhe

O futuro é o agora.

O mundo tornou-se pequeno
e os microscópios avistam mais.
Ver, em espaço curto, o imenso.
Em fotos o universo é perspicaz.

Nossos olhos tornaram-se as lentes
nessa tecnologia eminente.
Ver e rever em estático
o mundo em ação, é fantástico.

(poesia não nomeada)

Sê você somente
e resplandece a tua luz
Vá pelo o que sente
E seu amor produz.

Alegra-te a alma
o amor das alegrias
Traz necessária calma
o amor que pacifica

Dê sem receber
e receba sem perceber
Vê o que não vi
e perceba o que não percebi

Gabrielle Portella

O que passou?

O que é passageiro na vida?
Se tudo o que passa a memória fixa...
nada passa... nada passou...

Olhe para o céu outra vez
e verás que ficou...
Ficou tudo. Não restou.

Não mais terás sobras
uma vez sincero,
para sempre, eterno!

Está escutando esses pingos
da chuva, que aumenta...?
É o seu momento de encontro,
é o seu momento de pensar.
Talvez eu já esteja você
poderá sempre me encontrar!

(Deixe-me ouvi-lo respirar...
deixe-me ouvi-lo respirar...
deixe-me senti-lo vivendo)

Nunca foi tão necessário vê-lo
pois passeias em meus pensamentos
é só me encontrar para tê-lo
Deito, penso e salta sentimento.

se algo pela minha vida passou
a memória fixou... Tudo ficou!
Não temerei o desencontro,
não ansiarei o reencontro.
Pois se algo passou...ficou.

Gabrielle Portella

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O que passa, o que fica...

Passam-se as horas pela rua
uivando para que eu corra
mas está morta a minha pressa
que a vida passa tão depressa
pedindo em prece que eu morra.

Passa e eu sinto que fica
fica algo para traz
minha alegria dissolvida
por um momento, desses, vivas.

E já nem sei o que está vivo
o momento, ou o partido...
tudo fica sem sentido
e eu me encontro perdido.

Me encontro e desencontro
vai ver nunca encontrei
sou um ser no incerto conto
do qual nunca contei.

Gabrielle Portella

O Pensador...

KKKKKKKKKKKKK Isso vai acabar com minha credibilidade, mas mesmo assim vou postar.
Aqui estão os versinhos de minhas amigas da escola:

"Rosas são vermelhas
com violetas faço um buquê
se você não me queria
por que roubou meu patinete?"
Kauãne Simões

"Faça-me ver o irreal
do tão sobrenatural:
por que como cereal?"
Monielly de Carvalho

"Subi no pé de manga
para ver o meu amor passar
A lua no céu brilha
e você roubou meu skate!"
Joice

Hahahaha, minhas amigas são poetisas! u.u kkkkkkk

O seu nome...

Roubarei o vento para o tempo controlar
Irei ao deserto, viajarei ao mar.
Correrei aos montes para lhe encontrar.
Ao fim comemorarei, em amar e amar.

Romperei em amor o impossível
Deterei o monstro indestrutível
O amor, pois, faz amável o terrível.

Ah... o seu  amor fortalece
Me faz lutar ainda mais.
Otimismo que me invade,
Riqueza que só ele traz.

Gabrielle Portella

Só regressa o coração

Passa a vida desregrada
passa instante, passa hora
passa o tudo, passa o nada
passa o futuro e o agora

É essa brisa que os leva
tão distante já estão
vai passando tão depressa
e jamais regressarão

E o passado  que eu desejo
parece que não chega
amado perco em bocejo
e a vida venta, e só venta

Vendaval... vem furacão
devastando sentimentos
voa alto a emoção
trazendo recentimento

Passa amor, vai passando...
recordações ficam e vão.
Fica amor e vai ficando...
e só regressa o coração!

Gabrielle Portella

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Serei...

É somente meu esse tormento
Não se envolva, não tente interpretar.
Vou vivendo a certeza e o momento
Em rodar, voltar e rodar.

Serei o ser que nunca foi
E que nunca pensou em ser
Serei eterno... incessante...
Serei o nada. Irei morrer.

Passam-se as horas não mais incertas
Pois o certo é a morte e a morte é futuro.
E todo futuro, quando passa, é presente
E presente será meu após atravessar o muro.

Gabrielle Portella

És memória recortada...

És memória recortada
parte cheiro, parte toque.
És lembrança tão amada,
meu amuleto da sorte.

Essa brisa, esse campo, essas rosas,
tudo aqui é tão você
tenho tardes de lembranças amorosas
e em cada flor posso te ver.

Jogo estas flores em minhas letras
e envio-as em pensamentos.
Sinta o meu amor nesse poema
que passa na brisa, sem relento.

Sim, esse poema é seu
oh eterno amado
se nada em ti morreu
saiba que esse coração
para sempre será seu.

Sinta-me onde estiver
como um único raio de calor,
como a última esperança bela;
como a força exclusiva do amor,
como uma riqueza paralela.

Pois não há capital nem ganância
neste meu sentimento valioso
Mas há o seu rosto em esperança
e um tanto curioso.

Mas peço-te, oh amado,
que tenha calma, e verás
a recompensa deste amor
o nosso amor que vingará.

Gabrielle Portella

Ida

Partia a hora sem sentido.
No vácuo, um gemido
corrompendo o sentido imortal
de estar-se indo. Fatal
amor que voa nas nuvens
no tal grande avião
na lágrima a certeza
da falta: a solidão.

Sentir-me-ei nas rachaduras
do que ainda não se quebrou:
uma lembrança falsa e imunda
a única que ele guardou.

Ele está indo tão depressa
já é difícil lhe avistar
no coração há uma pressa:
ver o tempo passar.
Ganhando ao fim a certeza
que a rachadura se unirá.

vejo outros como vultos
que têm a sua silhueta
minha visão tornou-se sepulcro
onde está uma maleta
maleta que leva consigo
os meus demais desejos...
maleta que está contigo
neste avião de passeio.

Gabrielle Portella

Amor?

O sentimento aqui escrito
é distante e irreal
seja ele apenas vencido
por um verso banal.

Distante de mim é o que escrevo
pois meus sentimentos eu que invento
desde o princípio assim o foi
até o amor a arte inventou

Se não fosse pintura, poesia, música
nada se poderia sentir
teria um abismo em cada alma
e no mundo não haveria calma

Ser-me-ei com uma fonte
de sentimentos nunca antes vistos
sentirás em minhas letras
um amor sem resíduos

E vou escrevendo sem nada sentir
esperando que amor você sinta
sinta o amor que eu escrevi
e faça com que ele exista.

Gabrielle Portella

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Heartpatia

Suas descompassadas batidas cardíacas
falam mais que quaisquer palavras banais
não posso dizer que isso é nossa telepatia
mas qualquer um pode ver que temos sincronia
no olhar, no toque, nos passos d'encontro
sinto que fomos feitos um para o outro.

Sei que muitos inconscientes já disseram isso
mas há algo me dizendo que seremos felizes
nem que eu morra em pró do seu sorriso
Cobrarei sempre ao tempo o prometido.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O vente levou-te, o vento trouxe....

E que este seu vento
também traga-me amores
Que este nosso experimento
nos ensine novos valores.

Se o vento te levou
sei que foi para um campo.
Tudo o que ficou... passou...
menos o "eu te amo".

E esta frase é macieira
que bela fruta traz,
ou as tornamos boas,
ou as tornamos más.

Árvore do conhecimento
do bem e do mal,
agora que já a conhece
escolha bem, seja focal.

O amor, sendo puro,
é eterno. Como eu quero...
esta eternidade: é amor,
e é ela que eu espero
Então dela cuidarei,
tornarei-me brunidor
se for para zelar,
zelarei pelo amor!

Gabrielle Portella

Desbravador do amor.

Quero ter suas batidas
no momento em que escreveu
a contradição do amor.
Quero viver os versos teus.

O que te fez pensar
num amor assim?
É muito desejar
tê-lo só pra mim?

Volto ao passado
do qual eu nunca vivi
e encontro o meu amado,
é teu amor que eu senti!

Teu amor esperançoso,
sem origem e sem destino;
teu amor grandioso,
ao mesmo tempo de menino.

És desbravador do amor,
velejador dos sentimentos
quero ser o teu marujo
e ter-te a todo tempo.

Não sou os teus sonetos
da paixão de portugal
mas quero ser teu momento
de inspiração no vendaval.

E não me importo
se serei-lhe resistente.
Penso no hoje, pois me basta
o seu amor somente.

PS.: Essa poesia eu fiz à Luís Vaz de Camões, que foi um grande poeta português do século XVI. Ele quem escreveu a famosa poesia "Amor é fogo que arde sem se ver....". Com base nesta poesia e naquela "Erros meus, má fortuna, amor ardente" eu montei essa minha homenagem à ele, que merece por tanto me encinar sobre o sentimento mais questionado!
OBRIGADOOOOO CAMÕES *---* SALVE ^^v!
Gabrielle Portella

sábado, 20 de agosto de 2011

Ser sem fim

Lé génie du mal - Giullaume Geefs.
Quero ser.
Não somente ser.
Mas ser assim:
um ser sem fim.

Quero ter O verbo Ser
no infinitivo: tenho e sou.
E do Verbo conhecer
mas finito sei que sou.

E tenho um fim.
E ter o fim é não ter;
é o mesmo que morrer.
E ao fim nada terei.

Mas O Verbo diz existir.
O verbo Ser que é sem fim
Sim, O Verbo diz ser eterno.
Eterno O Verbo e o ex Querubim.

E ser verbo no infinitivo,
como morrer e doer,
pode ser muito ruim.
Pois, deixemos o Ser.

Mas todos querem Ser
Ser quis, o Querubim.
Mas ser eterno em morrer
é pior que ter um fim.

Gabrielle Portella

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A partida da Felicidade

Vai-se indo em meio a alameda
uma felicidade tresloucada,
o pulsar que dava vida
à esta miserável mal amada.
Efêmera loucura
mais lúcida que minha sensatez
trouxera o riso descontrolado
depois o choro e uma rigidez.

Naquele sentimento imortal
que prometi deixar intacto
rígida protejo-o deste vendaval
como uma aliança, um pacto.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Diz pra mim.

Diz que sou agora
o respirar e o nascer
Diz, ao menos, uma hora
que ainda posso te ter

Diz que vai me ver
não como fui, mas como sou
Diz que tu vai ser
o que não foi, mas se tornou

Diz que o que ficou
é verdade, não miragem
Diz que o que restou
é alegria e paisagem

Diz que está bem
depois do tal adeus
Diz pra mim também
que estou no sonho seu

Diz que já teve fim
pois não aguento a incerteza
Diz que acabou pra mim
e acabe com a nossa tristeza

Gabrielle Portella

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Duas amigas, um só coração.

Lembro-me bem de nossas tardes
risos, carinho, abrigo. É amizade!
Como pôde acolher-me assim?
E nas orações lembrar-se de mim?

Sei disso pois também recordo-me
de você vir em mim com um abraço
dizendo que Deus está comigo
justo naqueles dias de cansaço.

É pra mim um carinho, um afago,
saber que há você nesse mundo
onde tudo já está tão pra baixo.

Você nos traz seu sorriso
incomparável, assim, fraternal!
pois o carinho hoje é raríssimo
mas pra você ainda é matinal.

Para acabar revelo-te um desejo
desejo que tenho em vê-la feliz
e essa é a minha singela forma
de deixar na sua história minha raiz

E raiz é aquela que dura e suporta
tempestade, furacão, tsunami
quero ser assim na sua história

Saiba que minha mão está aberta
Para o que for preciso
Minha torcida já está estabelecida
e pra ti sempre terá um abrigo.

Gabrielle Portella e Bárbara Constante

PS.: Essa poesia eu fiz pra a Bárbara Constante (mamis). Foi a própria que nomeou a poesia, créditos à ela !

Dançando em um cemitério.

A triste recordação vai sempre ficar:
lembrança de uma tarde
num verão, com um bolero qualquer.
Ao calor, de mãos dadas
dançava o homem junto a sua mulher.

Rodopiavam sem parar
no lindo parque da cidade
choro até hoje ao lembrar
da triste cena daquela tarde.

Pôde-se ouvir no ultimo rodopio
o grito doentio da linda esposa
estava um corpo sobre o outro
uma alma partiu sem sequer
se despedir ou avisar sua mulher.

Era a bala que atravessara o peito
do dançarino, homem direito.
Não havia motivos para o matar
então os passantes começavam a indagar
o porque daquilo tudo
qual ser humano absurdo
seria capaz de matar um homem desse
que sorrindo sempre esteve.

Hoje já passaram-se anos
e a pobre viúva continua dançando
para seu falecido marido
em cima de seu túmulo, no cemitério,
continua vivendo no pretérito.

Gabrielle Portella 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dê-me a sua mão

Dê-me a sua mão,
assegure-me no teu colo.
Deusa rebelde
não aguento mais este vão
pois revelou-me celeste,
serena em mansidão.
Só tu podes preencher-me
dando a sua mão .

Me leve ao desconhecido mundo
que vejo no brilho do teu olhar
dê-me por uma eternidade
o seu tempero: ensina-me amar.

Está certa, é uma aliança mortal,
mas quando não sabe-se aprender
a deixar o habitual
para um novo mundo empreender.

Peço-lhe somente,
como jovem carente,
um pedaço do seu céu
e que dê-me a sua mão
para eu banhá-la no meu mel.

Tenho em mim uma colmeia
onde guardam-se meus desejos
sei que lá eles nunca se amargarão
e, se achar que mereço,
deixe-me lá guardar também a tua mão.

Faz-me sorrir, alegra-me
e tira-me da decadente esfera
onde estou a lutar desarmado
com uma terrível fera.

Serei-lhe fiel e darei-lhe o necessário
para voarmos na imensidão,
como jovens canários.

Nas suas vestes leves de seda
encontro a suficiente paz
e qualquer coisa que outra me ofereça
não me importo, tanto faz.

Fernando Faramílio

Cadê o meu limoeiro?

Eu vejo que esta cidade está mudando
Pessoas veem e vão cheias de seus afazeres
As crianças (que antes apenas brincavam)
hoje sempre carregam os seus relógios
Será que nas novas escolas ensinam
a se apressar e ler o ponteiro?

Antes o ar era coisa misteriosa
ninguém dele sabia, o decifrava
hoje já podemos até vê-lo!
E isso é o que chamam de evolução.

bibliografia
O que antes meus pais me falavam
(naquelas rodas de conversa)
hoje, mesmo velho, vejo acontecer.
Era aquela tal história do futuro
com nosso quintal sem árvores.
Mamãe dizia que era por embargo
embargo de uma autoridade.
Papai dizia que o limoeiro
também ia ter que arrancar
para que viesse um pedreiro
nas ruas da nossa cidade asfaltar.

Antes minha rua era cor de terra
marrom, vermelha, era mais bela!
Hoje tudo que vejo é cinza,
corzinha tão sem graça!
O que tem de legal nela?
Eu gostava mesmo era do verde
Cor que me acompanhava
onde quer que eu passava.

Mas minha frágil arvorezinha,
que dava vida ao meu quintal,
foi brutalmente devastada.
E devastação virou viral
nenhuma árvore é respeitada.

Fernando Faramílio

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Versos Anorexos

Frases jogadas no espaço,
Com voz aflita, impaciente,
Recusa o fato, sem dar um passo...

E por passos, neste espaço,
Sou sombra, sem voz,
O eco, na penumbra,
Ei de sucumbir ao passado...

Vago pela sombra,
Sem mal notar os pés,
A cada passo a incerteza,
De uma vida duvidosa...

E por onde eu percorra,
A voz, ecoando, ilimitada,
Hesitação, que passa,
Por estes versos, sem nexo.

Rafael Renhe e Gabrielle Portella

Ai que emoção, essa poesia foi feita com um querido: Rafael Renhe.  =^.^=
 Blog do Renhe: http://antologicamentepoetico.blogspot.com/

O presente do Sr. Passado

O Senhor Passado e o seu presente 
Falando no Sr. Passado
eu revejo o sentido,
tornando-o constante...
minha lembrança é presente!
Presente embalado
delicadamente.

Embalagem lacrada,
embalagem bonita,
embalagem comprada,
embalagem vivida.

Embalagem é disfarce
do presente que é dado.
Presente inesperado
enviado pelo Passado.

Este tal Senhor Passado
ainda é lembrado
pela presenteada:
Srt. Associação.

Esta Senhorita é bonita:
é cheiro, cor, lembrança;
ela é delicada:
é gosto, tato, influência...

Por ser assim tão bela
ganhou aquele presente
(do Senhor Passado).

Mas o presente do Passado
srt. Associação não quis abrir,
está lacrado (volto a dizer)
não podendo-o definir.

Como podemos ver
o sr. Passado não é
tão cruel quanto dizem ser.

Gabrielle Portella

sábado, 13 de agosto de 2011

Fujam, memórias.

Hoje minha mente surtou num instante,
fez indecifrável minhas ações.
O meu olhar ao vácuo fixou
mas meus pensamentos voavam
a qualquer lugar,
e quando me deparei já não sabia mais
o que antes havia começado.

Circunstâncias assim veem em vão
dia após dia, sem avisar.
A lástima é ter deixado um vão
no clímax da história principal.

Nada acontece mais em ordem.
Posso crer que em mim
há raios e trovões
anunciando tempestade...
ao fim será tarde
do dia, com o sol a se pôr.

Fujam memórias, fujam!
Num tempo de um colapso façam as malas.
Se o clímax se foi o resto não me importa.
Então fujam memórias, fujam!

Gabrielle Portella 

Veias

Antes de vocês lerem quero que saibam que nem tudo que eu escrevo é tudo o que sinto. Muitas poesias minhas são visões de como uma outra pessoa se sentiria em certa situação. É aquela tal história de se colocar no lugar da pessoa. Nesta poesia eu tentei imaginar como um suicida pensa, mas não que eu queira me matar, NUNCA tentei, e não me imagino tentando.

Poesia Veias:
Quantas vezes o meu coração já bateu?
Queria contar e decifrar cada batida
aquela mais apertada, aquela mais forte.
Queria te sentir em uma delas que se perdeu.

No pretérito amor, escondido numa veia
não mais aquela artéria, mas continua no sangue.
Será que por um corte esse sangue sai ?

O medo de me cortar é perder todas batidas,
até mesmo aquelas que quero manter.
Aquele moço belo que mora numa artéria
não quero justo agora fazê-lo desaparecer.

No meu último suspiro de partida
que este amor não venha a falecer
por mais que sofrida esteja a vida
quero o novo moço nesta artéria manter.

Gabrielle Portella 

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os verdadeiros farrapos ainda existem

Oh eterna noite
que cobre nossa nação
até quando vai durar
esta sua maldição?

Qual engenhoso romperá
o tranco dos nossos lábios?
Qual Atenas saberá
trocar de vez nossos farrapos?

Por favor, dê-me o direito
de abranger o vocabulário.
Cumpra o seu dever
de me ensinar o abecedário.

Não sei ler as minhas leis
porque a escola que eu comprei
aqui ainda não está.
Com confiança o poder lhe dei
mas também posso tirar.

Sei que não estou só
para caminhar nessa ponte quebrada!

Gabrielle Portella 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Olhai para mim, e sede salvos

Aonde estão os seus olhos?
Para onde eleva a sua vista?
O que a faz assim brilhar?

Aonde estão os seus olhos?
Procurando outros olhos
tão comuns à este seu
para  tentar decifrar?

Aonde estão os seus olhos?
Já não enxergam mais
de tanta falsa luz
que insistiu  em olhar?

Aonde estão os seus olhos?
Procurando na rosa o amor
que só eu posso lhe dar?

Aonde estão os seus olhos?
No espelho da insegurança?
Nos trajes deslumbrantes?
Querendo deixar à desejar?

Aonde estão os seus olhos?
Naquelas letras incertas
que lê dia após dia
tentando nelas se refugiar?

Aonde estão os seus olhos?
Presos na alegria efêmera
que confundes ser constante?
Esquecendo-se de gargalhar?

Aonde estão os seus olhos?
Nunca é tarde para procurar,
mas estás certo que queres achar?

Se realmente quer, vigie.
Se realmente quer, toque no seu rosto!
Verás que não é difícil
(tanto quando imaginou).

Porque assim sou eu:
ando contigo, sem que me veja;
mostro-lhe tudo à sua frente
mas você não pode me ver.

Estou contigo!
Use suas mãos,
use seu tato, seu sentido
para me encontrar!

Gabrielle Portella, sob inspiração de Deus!

  • Olá leitor,
essa poesia é a mensagem mais sábia que eu posso lhe deixar. Muitos veem Deus como algo que não se pode questionar, mas aqui estou eu quebrando esse paradigma. No quê erramos é em não procurar a resposta da pergunta. Então Deus está na nossa cara. Mas, até por ser tão simples, esse é o último lugar em que procuramos.
Os obstáculos para encontrar a Deus não existem, mas você o cria. Eu já criei! Até que, querendo achar a resposta de todos os questionamentos que eu tinha, percebi que Deus é simples de encontrar, mas que sempre devemos questionar certas coisas para não sermos crentes ignorantes.
Título da poesia: Isaías 45:22 

Espero que você tenha entendido o que eu quis dizer,
Que Esse Deus (que  sempre está comigo) esteja sempre contigo, no Nome de Jesus.
Atenciosamente,
Gabrielle Portella.


Desculpas


Eu peço desculpas aos leitores por um erro meu. Usei de metáforas que têm MUITOS significados, e em uma de minhas poesias eu dei um sentido que eu não queria dar. Foi na poesia "voltarete", que já foi excluída. Não voltarei à postá-la pois os significados que voltarete engloba são totalmente fora de minhas propostas, e não quero (de forma alguma) que eles sejam válidos.
Obrigado pela atenção,
Gabrielle Portella.

O venerável (algo do passado)

Você colocou-me em uma situação
em que é difícil decidir.
Vem o questionamento, a hesitação
mas não posso bater a porta e sair.

Escrúpulo ardia dentro de mim
com esses dois pólos:
o bem que me traz,
e o caos que isso faz.

Ambíguo é interpretar
esse amorfo pensamento.
Cefaleia vem me mostrar,
em eclosão, o que há por dentro.

Renunciar algo assim
seria tolice e grande perda
por tanto esperar o voltarete...
... voltarete que não chega!

Gabrielle  Portella

sábado, 6 de agosto de 2011

Arquivos da Memória


Quando os meus olhos se fecham
o depósito das memórias se abre,
o peito aperta pela ilusão
de transformar todos arquivos em disfarce,
mascarando minhas tristezas
e fingindo nunca ter existido hipocrisia.

Estas mentiras ardem em minha boca
como um veneno vital.
Sinto-me amargando descontroladamente,
já não sei se sou capaz de amar,
nem sei mais em que estou crente.

Você tornou-se uma neblina
tão densa que não enxergo nada
e esta tornou-se minha sina
seguir cega e mal amada.

Você era em minha mente
um monumento indestrutível
tinha sua imagem fortalecida
sua carapuça era invisível
mas agora tornas-te neblina...
neblina assim: indecifrável.

Você tornou-se em meu livro
um capítulo que não foi apagado
mas também que nunca foi escrito
e, sendo assim, nunca foi lido.

Gabrielle Portella

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A rua e o tempo

Hoje vejo essa rua diferente.
O céu que a cobria
com algumas nuvens,
agora, mesmo no inverno,
está ensolarado, sem nuvem alguma.

Aquecido está o asfalto
onde tocam os meus pés,
passo a passo.

E a correria, agitação
são folhas secas jogadas
que, por decorrência,
ficaram após o outono.
E o silêncio predomina
barrado apenas pelo vento.

As pessoas vêm e vão
olhando ao relógio,
como quem pensa:
-- Não quero me atrasar.
Mas o tempo jaz passado,
teve morte súbita o relógio.

Porque ninguém para nessa rua.
E com o tempo tudo passa...
até o tempo passa.
Se o cansaço chega
o tempo te leva,
e quando recuperada as forças
está no fim da rua.

Por isso não se canse,
para que o tempo não te leve.
Leve o tempo contigo,
faça dele teu amigo.
Mas nunca encare-o,
nunca peça briga.

Nessa rua há buracos
que dificultam a caminhada,
por isso não corra,
ande no seu ritmo,
como uma linda dança
dentro do compasso.

Mas, acima de tudo,
observe os conselhos
com toda a atenção.
Uns assim dizem:
-- Não corra, não pule,
não ande, não caia no buraco.
Há vezes que nem tem buraco,
Não deixe ninguém fazer
escolhas por você.

Se achar que deves, até mesmo,
ignore esta poesia.
Faça ter valor
o que queres que tenha!

Gabrielle Portella

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Uma outra visão

Eu vejo as lágrimas do João
que a falsidade vê e expressa
irreverência. Ao seu olho pouco
escapa, do seu olho tentamos
escapar. Olho camuflado
és capa que cobre o segredo
do pranto a escorrer
de uma mulher que se encantou
por esta diferente visão,
diferente dentro do curto
horizonte que a rodeia.

Com seu olho João fala,
a boca apenas expressa.
De sua espada se apodera,
põe o cabresto em sua cavalo,
no chicote: a velocidade.
A chegada é incertamente
precisa. Para ele que vê
(ou acha que vê)
tudo e todos a sua volta,
o chegar é o de menos,
conquistar é sua palavra.

O potro inesperado
chegará por seu cavalo,
quando este se cansar
da caminhada, aparentemente
sem fim. Sua luta terminará
com todas chicotadas.
... Só quando o potro chegar.

Gabrielle Portella 

  • Você quer saber mais? 
Heeeeeeeeeey leitôô!
Vou deixar uma ajudinha para o entendimento aqui em baixo:

Potro: Filhote de cavalo; instrumento de tortura medieval.
Cabresto:  É aquele freio que se coloca na cabeça do cavalo, impedindo-o de abrir a boca. ;)
Chicote: Me referindo ao chicote que usam no cavalo, para apressar a corrida.

Não sei se perceberam, mas o cavalo é quem sofre na história! kkkk. Quem é o cavalo? ...
MEDITEM!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Último Sonho

Porque todo sonho começa só quando dormimos.
E este, onde está você, não foi diferente.
Ao deitar-me e suspirar o último suspiro
sua imagem foi a primeira que me apareceu.

As vezes não quero levantar, não quero acordar,
quero sonhar pela eternidade, viajar nessa nuvem.
Se em lugar algum eu lhe encontrar,
quero dormir, sei que sempre no meu sonho vais estar.

Porque os sonhos são sempre imprevisíveis
e é por isso que eu os amo:
hoje estou com você num maravilhoso sonho,
amanhã é seu velório num terrível pesadelo.
Mesmo assim quero sonhar eternamente
sabendo ser irreal, quero tê-lo em minha mente.

Como sonhar eternamente sem dormir?
Não há como, então deitarei-me
e o meu sonho com você será sem fim.
Vou embarcar no mar infinito
das coisas ainda mais irreais
à alguns grandes estudiosos.
Mas pra mim este mar é real.
Real por eu nele navegar
e irreal por ser tão lindo.

E nessa eterna contradição eu vou indo
serena, sem pensar ou planejar a próxima remada.
Afastada de tudo normal e das demais pessoas,
curiosa apenas com a especulada chegada.
Como é lá o lugar onde este sonho me leva?
O que tem acima, ou a baixo dessa embarcação?
Qual é a beleza do meu sonho sem fim?
Será que anjos e deuses sorrirão pra mim?

Gabrielle Portella

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Observação

Sua chegada, minha insensatez.
Fico perdida na realidade do irreal
de estar com você, estando distante
de receber seu amor e também amar-te.
Sua loucura junta-se a minha
deixando confusão na lembrança de ambos.

E, sem que me veja, eu invado-o
pelas noites não mais sombrias.
De seu corpo fatigado
eu observo na calmaria,
e o seu olhar ao vácuo
desata qualquer desfalecer em cinzas
O tempo passa no imaginar
as mil aventuras que sua mente cria.
Já o meu tempo passa ao observar
pelas curvas tenebrosas
o seu silêncio ao viajar
nessa embarcação amorosa.

E nestes versos sou sua poesia
que, com autoridade, escreveu.
Mas este desejo em tê-lo me traz fobia
de perdê-lo sem ter sido meu.

P.S.: Essa poesia é de grande estima minha, pois eu fiz ela com base numa poesia de um amigo meu, Rafael Renhe, e ele escreveu a poesia dele num dia muito especial (22 de Abril de 2011) que me lembrou uma pessoa, e me fez querer escrever a poesia Observação. Por isso estou postando essa poesia aqui novamente.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Saber Amar

Pedia todos os dias a capacidade de amar
e ter este sentimento tão especulado
não sabia que estava desejando noites a chorar
e que tem um sofrer em amar e ser amado.

O que no passado eram palavras poéticas
hoje se tornou a frustração amorosa,
antes fingia amar para escrever com destreza
hoje por o amor fico a chorar hora a hora.

Da próxima vez que eu pedir algo saberei
que não basta apenas amar, deve raciocinar.
Amar com sabedoria, com destreza,
deixar um pouco o coração e usar a cabeça.

Contentes Frustrações

Q UERO CAMINHAR EM MEIO  À MULTIDÃO DIZENDO O QUANTO SOU FELIZ NO AMOR QUE TENHO SOFRENDO E MESMO EM VÃO SABENDO QUE NÃO ME QUER A BORRECEND...