sábado, 9 de dezembro de 2017

Dizes que me amas eternamente

Dizes que me amas eternamente
Mas de noite é que me amas.
Se este amor for real, realmente
Na eterna noite vives em chamas.

Entenda bem, quando te quero por perto
É pelo gozo duma grata noite
Pois sei que só fazes isto certo
E de me manhã já vem dar-me açoite.

É bem devido que eu sempre corra
Pra de manhã só sentires meu cheiro
Dizes que morres de amor, então morra.

Eu já nem levo mais fé
Em ti e nestes teus exageros
Pois és meu instante desejo sem pé.

Raquel Rodrigues

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Ando pelos mundos que invento
E meu olhar se abre tal qual uma janela do interior
onde o campo é vasto e o gado pasta
à minha vista a imensidão se expande
paisagem bucólica: o verde, o azul.
Mas já não preciso de nada para existir
nem minha casa
nem amor
nem nada.
- RP

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Era

Nessa era de tanto imaginar
eu sou mais, vivo
no meu mundo, meu
que ninguém vê
E ninguém veria
Estão ocupados demais com seus egos
na autodestruição diária.

Nessa era e em todas outras
eu sou e fui e serei
a alegria, as sensações, tudo o que há
Tudo o que deus startou mas não pode desfrutar
por estar sempre ocupado demais
(e isso é tudo mesmo).

- GSP

sábado, 7 de outubro de 2017

Fácil como nadar no mar;
difícil como respirar;
é olhar para a rua e não entreter-me
com os carros e as pessoas,
ambulantes e comércios,
tenho medo do que possa ser um sim
ou do que possa ser um não
tenho medo de olhar demais e esquecer minha face
e de todas essas pessoas que eu vejo
quero lembrar de todas
fito-as inseguro
o medo passa
o medo vem
e as pessoas continuam a surgir
Até que a moça durma em seu quarto, mundo meu
e sonhe comigo outra vez
para me fazer existir em seus sonhos
de milênios. Como dorme...
Eu fito minha rua pela janela
e tudo que vejo são seus sonhos
andando pelas ruas
as pessoas dormem
aterrorizadas com o ontem
e eu morro na imensidão do beijo teu

dos séculos que se passaram e passarão.

Fernando Faramiglio
Não existe nada
nem a negação nem a afirmação
exclamação no fim de uma frase
Mentira ou verdade
maldade ou bondade
soberania é utopia
Se vejo, estou cego
se respiro, estou morto
não criei nada
mas ao negar a negação
afirmo pois.
Fernando Faramiglio

domingo, 24 de setembro de 2017

Isso Dá Poesia

Uma só poesia já não me cabe
os sentimentos das coisas e dos efeitos cresceram
me tornei uma grande sentimental.
Vivo além dos sentidos.

Faço de todas minhas ações pura sinestesia
quero ouvir; ver; tocar; cheirar; saborear.
E, quando não posso tudo,
sinto ao máximo com o que posso.

E tudo é mais uma poesia
(porque uma só não seria suficiente):
o trânsito, as pessoas na rua,
um tropeço que dei andando hoje mais cedo,
um olhar que tive pela janela,
uma coisa que ouvi de uma conversa,
tudo é motivo.

Afinal, a vida é uma grande poesia
até mesmo em seu desfecho, sempre perfeito:
de dor, de leveza, seja lá o que for.
A função do poeta é só transcrever a vida
que já é uma poesia feita.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

OS OUTROS POETAS


Os outros poetas têm, pra mim, uma relação de amor-ódio
Já não sei se os leio ou os deixo de lado
Visto que seus lindos poemas me distraem.
Suas palavras rebuscadas me intimidam
Ao modo que, ao mesmo tempo, me enamoram,
Me fascinam ao ponto de eu não saber se desisto da minha prosa ou invisto.
Quero ser um pouco mais Lispector,
Um pouco mais Pessoa,
Um pouco mais Martha Medeiros,
Um pouco mais Ginsberg,
E são tantos que eu nem posso enumerar
Todos eles: os que já escrevem ou escreveram e os que hão de escrever.
Os amo tanto... Cada estrofe, cada verso, com rima ou sem rima...


Tudo na poesia é amor
E tudo que esse amor me traz é ódio.
Como eu posso odiar amar tanto?

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Esperança

É uma música do Carpenters tocando.
É um filme em preto e branco no Belas Artes.
É o pôr do sol na Paulista...
É um poema sem rimas.
É uma unha roída.
É a comida deixada de lado.
É a angústia.
É uma conversa com o psicólogo.
É contradição dessa conversa.
É um arrepio.
É o estalar dos dedos.
É o anseio.
É o truco com os amigos.
É o orgulho.
É o orgulho.




terça-feira, 18 de julho de 2017

Frente Fria

Já não sei quem sou.
Tenho medo de olhar pra mim
E encontrar aquilo que me quebrou.

Talvez eu seja aquilo que sobrou
Das tardes quentes das primaveras da minha vida
Da linda flor que em mim brotou
Talvez eu seja a pétala caída.

O que aconteceu com os meus sonhos?
Se dissiparam pelos cantos onde passei
Pelas ruas e avenidas e esquinas
Pela longa caminhada que levei
Pra chegar no fim-de-mundo que cheguei.

Ah se não fosse a poesia
O que mais salvaria
Essas tardes frias de melancolia?


quinta-feira, 13 de julho de 2017

Das Coisas Que Eu Me Lembro

Eu me lembro do exorcismo que me fizeram,
Antes fosse o capeta o meu problema.
Era ali só o começo das minhas desventuras.
Depois, eu me lembro daquele pronto socorro
Uma maca dura, faixas nos pés e nas mãos
que me prendiam brutalmente.
O descontrole mental e consequentemente corporal,
Uma comida intragável,
Um moço descontrolado gritando ao meu lado...
Mas passou.

Outra vez fui internada.
Dessa vez num hospital, onde eu voltaria mais tarde.
Eu me lembro da rádio tocando música pop, 
Eu me lembro do café nem-sempre-amargo servido puro aos pacientes nas tardezinhas, 
Eu me lembro dos remédios controlados,
Mas me lembro também que sai rápido da internação. 

Voltei àquele hospital, como já dito, e:
Foi horrível. 
Eu me lembro de passar noites inteiras amarrada à cama
Me contorcendo pra desamarrar nó a nó.
Eu me lembro de quando me anunciaram que meu avô havia falecido,
Eu fiquei triste, mas não chorei (não na hora).
Eu me lembro de quando me disseram que o carro do pai do meu então namorado havia quebrado e eles demorariam pra voltar 
Eu surtei um pouco mais.

Das coisas que eu me lembro da minha vida 
Percebo que de tantas desventuras que passei ou passo
Nem de João nem de José pertencem.
Digo, eu sofri sim quando João foi embora me deixando 
ou quando perdi José 
Mas a minha vida é complexa demais pra atrelar somente àmores a minha dor.
Me lembro, por fim, que se sofro hoje é porque
Inúmeras vezes no passado eu sofri também 
E hoje a minha sina é  desligar a cadeia de coisas que se formou
Vez por vez, uma por uma
Pra voltar, enfim, a minha paz.

- GSP





domingo, 2 de julho de 2017

O Meu Corpo



Todo corpo é uma história,
um livro de contos.
Cada conto uma curva,
uma estria, uma celulite.
 E o meu, não diferente,
é também uma história
que continua a se construir.
Aprendo lendo o meu corpo diariamente
e escrevendo em mim outras partes dessa história
emagrecendo ou engordando,
inchando ou desinchando,
criando músculos ou ficando flácida,
é minha história e só minha,
exclusiva, única e particular.

Meu corpo é uma história
um drama sempre sempre.
Engordando, inchando, tremendo.
Uma desventura após a outra.
E a sociedade é cruel
nos faz se sentir mal por algo natural
nos culpa por coisas que não temos culpa.
E eu cai nessa, me afundei
desisti de mim e a ansiedade me dominou
Cada vez mais engordando
Cada vez mais ansiosa
E a obsessão por emagrecer crescia
essa vontade insana por me enquadrar no padrão...
Mas posso dizer enfim que meu corpo é motivo de orgulho
pois é reflexo das minhas lutas
reflexo do meu sofrimento e prazer.


Eu Me Lembro

Eu me lembro daquela foto que você tirou minha e eu não gostei.
Eu me lembro da sua fascinação por estalar os dedos do pé.
Eu me lembro da sua vaidade pela sua barba.
Eu me lembro do cheiro dos doces da sua mãe.
Eu me lembro da carta que você escreveu pra mim e eu, em pura insanidade, não gostei.
Eu me lembro também da carta que você escreveu, e já dessa eu amei (e guardei).
Eu me lembro do seu jeito desengonçado de dançar e cantar suas músicas.
Eu me lembro de você tentando me puxar pra dançar na festa de casamento do seu primo.
Eu me lembro de você cantando desafinado no karaokê.
Eu me lembro do cheiro dos seus cabelos.
Eu me lembro das primeiras músicas que escutamos juntos.
Eu me lembro do primeiro show que fomos juntos.
Eu me lembro do primeiro beijo.
Eu me lembro das poesias que você escrevia e gostava que eu lesse.
Eu me lembro da textura dos seus cabelos e barba.
Eu me lembro dos detalhes de momentos bons que passamos e quero me lembrar apenas deles.
Quero me esquecer do que me desagrada e guardar somente esses bons momentos na memória.
E que eu possa escrever futuramente outras histórias
Outros amores, outras sensações, outras conquistas.
E que toda essa minha melancolia
se transforme outra vez em poesia.



sábado, 24 de junho de 2017

Buraco Negro

No seu olhar um buraco negro
Me tragando pra outro universo:
O desconhecido,
O inusitado.
Tal qual um mar de ressaca brava
Onde as ondas me levam pra sua imensidão.
Já não vejo a superfície
Difícil me encontrar aqui.
Perdida estou nos olhos teus
Nadando contra a maré
Querendo encontrar-me
Desesperada entre as ondas geladas
Das lágrimas que ficaram paralisadas
Numa noite fria como essa
Onde o desencontro entre outros passos
Dava à uma história ponto final.
Outros olhos se fechavam,
Outra noite adormecia.

No seu olhar um mar de dúvidas
Onde naufrago sozinha.
Esquecida entre olhares
Que se perdem no horizonte.

- GSP

Poesia baseada na arte (abaixo) do amigo Eric Mosterio.
Instagram do Eric: @ericmosterio


quarta-feira, 21 de junho de 2017

Carta Ao Psicólogo

Eu ranjo os dentes.
Roo as unhas.
Tremo as pernas.
Estalo os dedos.
Tudo em mim é reflexo deste anseio
Onde a causa é evidentemente ausência dele.
Uma nostalgia incoerente.
Uma saudade estranha.

Rejeito este sentimento.
Não quero viver de passado
(Como diria minha mãe).
Mas é que quando lembro dele
Consequentemente lembro de uma boa época da minha vida
Onde não havia doença,
Não havia crise,
Não havia efeitos colaterais de remédios
E consequências da crise.

Nunca me imaginei escrevendo essa poesia.
É engraçado como as coisas mudam.
A vida é mesmo um caleidoscópio, doutor,
Mudando a todo tempo.

Outro dia mesmo eu recitava poesias debaixo de uma chuva fina.
E fotografava poetas desconhecidos porém incríveis
Enquanto Suplicy nos escutava atentamente
E nos honrava com sua presença incrível.
Eu beijava um poeta
Eu me emaranhava em seus cabelos e barba.
Tudo passou tão rápido...
Não me enxergo neste presente.
Parece que ontem eu estava mais viva.
E meu erro é relacionar isto à uma pessoa.

Caro psicólogo,
Eu as vezes até sinto nostalgia quando lembro de Rockland.
Porque lá haviam pessoas como eu:
Reais. Despidas de suas armaduras de arrogância.
É estranho dizer isto visto que eu passei por um mau bocado lá
Tantos traumas que até Deus duvida.
Mas lá eu estava afastada de tudo,
Cuidando de mim e apenas isso.
É muito incoerente esse sentimento?

Eu desejo que o tempo passe.
Eu desejo ver as próximas figuras que esse caleidoscópio vai dar.
Te trazer outros assuntos, outras novidades.
Me esquecer do que me trouxe más lembranças
E guardar o que foi bom com zelo
Mas sabendo que passou
E sabendo aproveitar o presente.



sábado, 17 de junho de 2017

Palavras Dispersas

A causa e o efeito das coisas
Que me trouxeram até aqui
Desconheço.
Sou o deter do tempo
Impedindo o devir
Sou o cansaço que fica
Depois de um dia inteiro
De risos e choros.
Fito minha câmera num canto do meu quarto
Enquanto escuto Belle & Sebastian
E junto palavras recortadas de pensamentos meus
Como uma criança recorta e junta palavras de jornais e revistas.
Hoje sou uma pessoa frustrada
Com poesias incompletas e fotografias chamuscadas.
Ah, essas minhas fotografias...
Seu sorriso ficou na memória
Como uma fotografia em preto e branco
Numa tarde no parque.
(Onde leva essa minha nostalgia?
Num achismo ridículo de pensar
Que ontem a grama era mais verde
E que os pássaros cantavam sinfonias
E hoje só assoviam)
Guardo as fotografias e poesias como relíquias
Não quero deixar passar nenhum instante
Sou todos eles
E não sou nenhum
Porque passaram.
E nessa incoerência sigo
Dispersa entre palavras.
Porque a sensação de ser e estar
Pulsa na minha mão
E as palavras são consequências
Desta dispersa pulsação.














terça-feira, 13 de junho de 2017

Une Date Noire

Um chocolate numa noite fria,
Um gole d'água e uma virtual companhia
São desilusões de uma data vazia
De um dia dos namorados que só se salva com poesia.

Data fútil, inerte
Passa o tempo e não há nada que conserte
Essa minha falta de viver
Não há nada que me anime
Que me encante ou dê prazer

Ainda assim há de haver esperança
Pode ser tolice minha ou inocência de criança
Pensar na vida, avião de passagem,  depressa a decolar
Sob desilusões, nostalgias e carências de amar.

Gabrielle Portella e Leonardo Cordeiro Ribeiro

Ficar o dia dos namorados escrevendo sobre desilusões dessa data em poesia, é com nós mesmos.

- Blog do Leo: http://www.m0n0cr0mia.tumblr.com

domingo, 4 de junho de 2017

Um Je Ne Sais Quoi

Ah essa angústia de ser
só um pouco do que se quer
e de ter só um pouco do que se imagina
é aflição nessas tardes tão infinitas.
O meu desejo é estar só
e sentir a brisa do mar
escutando Jim Croce
como há uns quatro anos.
O tempo passou como a areia da praia
escorrendo por entre os meus dedos
enquanto o vento a levava.
Quatro anos...
quantas coisas acontecem em quatro anos?
Como estarei dentro de quatro anos?
Estarei viva?
...
Fito minha janela iluminada pelos últimos raios solares do dia
ela me diz tantas coisas...
Ela me diz que o tempo é assim mesmo:
agora parece não passar, com essa angústia eterna
mas logo logo a sensação de que passou rápido voltará.

A janela do meu quarto é tão poética quanto Tabacaria
me remete um cigarro mal tragado,
uma cerveja engolida a seco,
um tombo nas águas geladas do mar do Rio de Janeiro...
me remete Joaquim,
me remete João e José,
Me remete você...

Você é música do Frank Sinatra na tarde de Sol poente
você é poesia e chá de camomila
é conversa jogada fora e calmaria
é o vermelho na boca, o vinho tinto
é o tudo, é o nada, é o 'je ne sais quoi'.


sábado, 3 de junho de 2017

A Poesia de Amar

Respiro aliviada neste dia
que já conta com os seus últimos minutos
assim como minha angústia.
Sei que está passando neste tempo
no agora decorrendo lentamente
o passado outrora tão presente
(de um outrora recente).

Vi um moço atravessar a rua
depois de desenhar uma rosa num papel
e me dá-la discretamente com um belo sorriso.
O admirei intensamente por uma tarde longa
mas o dia se pôs e o vi ir embora
do lado oposto da direção do Sol.

Passei tardes inteiras imaginando sua volta
com sua rosa desenhada em minhas mãos
escrevendo poesias para ele que nunca foram lidas.
Cheguei a saber dele, mas nunca mais o vi.

Outro dia chegou e eu vi outro moço.
Era bonito e a mim se dirigiu com belas palavras.
Era poesia pura sua intensidade
algo belo de se presenciar.
O dia findou-se e ele não foi embora,
mas ao cair da noite uma névoa fria tomou o ambiente
e eu o perdi na imensidão.

Eu, perdida, tropecei no chão
e quando me levantei estava diferente o local
assim como eu.
A noite não havia passado,
e tudo o que eu sabia é que ele não estava mais lá
e assim como o outro moço, pensei comigo
- Ele não vai voltar.

Ao raiar do outro dia encontrei outro rapaz
era jovem e alegre como um girassol
Me encantou, me trouxe esperanças.
E por um momento, um longo momento, me fez acreditar
que haveria finalmente paz em meu coração.
Mas em mim houve uma grande tribulação
e dessa vez fui eu quem partiu,
em direção ao Sol se pondo, à oeste.

Agora a solidão me abraça delicadamente...
não sinto isso com tristeza
mas sim aliviada, como já disse
pois sei que do amor que tive fui sincera
e fiel à fidelidade que o poeta Vinicius já recitava.
E sinto que em mim ainda há espaço para amar.
Olhares, toques e beijos...
Tudo isso me inebria.
Sempre haverá em mim a poesia
de amar.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O amor que fui capaz transpor
que fui capaz deixar à contragosto
a fim de não machucar mais ninguém
hoje perturba-me, perturba-me a incógnita
o "se" que fica no pensamento:
"E se eu tivesse feito tal coisa..."
"E se eu não tivesse feito tal coisa..."
Tudo o que isso me remete é o que lamento.
A condição em que me encontrava
de uma alegria latente que hoje se esconde atrás dos problemas
que chegaram como numa correnteza forte
e, assim, derrubaram meu barco.

O cheiro de amaciante nas roupas
e tudo o mais que ficou
me ajudam a olhar o que passou
e sorrir, e chorar
mas, acima de tudo, ter a certeza
que foi bom.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Noite Sem Cura

Meus olhos embaçados e úmidos já não enxergam mais esperança
É que o passado atordoa o futuro com um punhado de cobranças
Amores e paixões já não me preocupam.
Quero um momento de paz e poesia.
Quero deixar a lágrima rolar e senti-la plena em minha pele
escorrendo pelo meu rosto enquanto eu me pergunto:
Como deixei frustrar-me com a vida tanto assim?
O tempo passou como um morcego voando faminto na noite escura
uma noite fria, noite devastadora, noite sem cura.


Contentes Frustrações

Q UERO CAMINHAR EM MEIO  À MULTIDÃO DIZENDO O QUANTO SOU FELIZ NO AMOR QUE TENHO SOFRENDO E MESMO EM VÃO SABENDO QUE NÃO ME QUER A BORRECEND...