sábado, 30 de agosto de 2014

Aprendendo a Voar

Sob a luz duma tarde clara
cai no solo uma borboleta rara
aprendendo a voar.

Lagarta metamórfica
de asas azuis celeste
voa pelos ares
entre os céus e mares,
e se camufla, e se integra.

Entre a fenda de um precipício inexistente
e de um precipício da suma importância
ela sobrevoa contente
sua jornada
seu desfile celeste
seu derramar de gozo
nos olhares ao leste .

Reflete em suas curtas asas
a luz clara da lua,
a  beleza da noite,
das estrelas nuas.

Reflete do dia o calor
no solo, na terra,
o desabrochar de uma flor
e em suas pétalas abertas:
o pouso ousado de amor.

Do néctar : seu perfume
Seu voo dançante ,
suas lagartas.

Voa experiente ao vento
Aprende enfim a voar ...
E cai,  noturna ,
no cume do dia.
Como o cair das pétalas
das flores vazias ,

Gabrielle Lamarque


Contentes Frustrações

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