quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Ser

E o ser sapeca minhas poesias,
Deixe estar... Deixe estar...
Cabe ser somente os instantes
Deixar o ser e deixar estar.

Ser-me-ei sangue latente
que corre ardente em corpo rubro.
Estar-me-ei em melodias quentes
que faz suar o corpo rubro.

Não quero o ser. Não quero ser
O que sou quando estou
Perto do ser, evitando ser
O que verdadeiramente sou.

Mas não estou mais perto do ser
Pois não estou mais perto de ser um troféu.
E não estou mais perto de querer
Estar perto do inferno ou do céu.
Quero viver o agora, ser fugaz,
Voar e planar no tempo...
E viver a paz dos momentos.
Ser no decorrer da vida
O degustar da vida.
Deliciar-me em desventuras
E também em conquistas.

Basta ser. Basta o ser.

Raquel Rodrigues

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Frágeis fragmentos

A fuga d'um frágil fragmento de tempo
fez n'alma frenesia de sentimentos
Fico estasiada e volátil:
meus deveres faço e desfaço;
da dança perco o compasso...
E, se de algo me esqueço, disfarço.

Sempre ou quase-sempre assim:
Um momento, e já perdi-me de mim.
E, no vento, vôo ao fastígio da fascinação
onde soa os nossos sussurros, imaginação.
E sentindo a fragrância suave d'seu pescoço
Je t'embrasse... e te abraço, sem muit'esforço.
Nesta sinfonia, vamos conforme'm sintonia.

Ilusório ou não, já não penso em despertar.
E desta fuga há somente o meu atrasar.
Pois somam-se fragmentos temporais
e resultam-se em fortes horas eternais.
E quando paro a enfrentar-me o reflexo
percebo que hibernei em um sonho complexo.

Não arrependo-me, entretanto, de tanto sonhar.
Pois sei que quando a realidade chegar
não ei de bocejar ou de ter sono.
Não será assim: um sonho enfadonho.
Entrelaçarei-me no seu corpo concreto
e gozarei na ventura d'um sonho secreto.

Contudo, cuidado com esta minha poesia.
Não confundas volúpia com maresia.
Sou de dar-lhe vinho quando há de ser,
e de brindar e de gargalhar e de beber.
Mas estes versos figurativos cheiram chocolate,
e são como seda fina nas mãos d'um alfaiate.
Pois aqui concentram-se fragmentos
dos meus mais puros e doces sentimentos.

Gabrielle Castaglieri

Contentes Frustrações

Q UERO CAMINHAR EM MEIO  À MULTIDÃO DIZENDO O QUANTO SOU FELIZ NO AMOR QUE TENHO SOFRENDO E MESMO EM VÃO SABENDO QUE NÃO ME QUER A BORRECEND...