Apague-me de suas lembranças,
Mate-me as auto-cobranças,
Esfaqueie-me o sentimentalismo.
Mas, afinal, tudo já se fora por si só.
Limpei a minha alma com lágrimas,
sem questionar a Deus, nem lamentar.
Todos os nós que me prendiam eu mesma desatei.
Os rios da minha mente desbravei no escuro
e encontrei a sorte no dia da minha morte.
E estou mais viva:
O paraíso é o que faço dos meus pensamentos,
Inferno é não questioná-los.
Gabrielle Portella