sábado, 18 de fevereiro de 2012

Soneto "Outra Vez"

Deixar amanhecer outra vez.
Deixar desacelerar, outra vez, o coração.
Deixar passar o momento e a insensatez.
Deixar e deixar e deixar, outra vez.

Fazer o alvorecer e o orvalho serem,
outra vez, o renascer do amanhã.
Fazer, outra vez, a pausa perante a brisa.
Fazer e fazer e refazer, outra vez.

Sorrir contra os pensamentos, outra vez.
Sorrir até que os lábios se sequem.
E, outra vez, sorrir e sorrir e fingir.

Ouvir com calma o canto de um velho
que, com voz serena, delicia a melodia
E, mais uma vez, ouvir e ouvir e...

Gabrielle Castaglieri

Desculpe!

Será que, ainda que triste, poderás entender?
Que o que reside em mim resiste, e não se faz ceder.
Que o que descubro (tarde) que existe, em mim faz doer.
Que hoje choro por ti, e não sei como te dizer (o porque).

Hoje observo o céu rosado, desse lindo amanhecer,
E ele me traz algo seu, e só preciso te devolver.
Mas não sei, querido, não sei como te remeter...

Coitado de ti! Querias tanto um amor...
Coitado de ti! Pois eu só te trouxe mais dor.
Coitado... Desculpe! Por seu sorriso descompor.

Gabrielle Castaglieri

Caro amigo Tananã,

Coisas vêm acontecendo
enquanto esta noite vai cedendo
para o sol resplandecer .
Minha escuridão está morrendo,
e a aurora está acendendo
um outro amor para viver.
Venho te admirando
A cada dia mais te amando
dum jeito que eu não sei dizer.
Posso até estar delirando,
estar até já inventando
sentimentos por você...

Gabrielle Castaglieri

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Delírios inquietos do amanhã

O assistir da caminhada do Sol perante as nuvens
É delirante inquietação do esperançoso amanhã.
Vê-lo descendo lentamente no imenso céu azul
E senti-lo aquecendo todo o corpo ao meio-dia
É como volúpia crescente e cheia de ardor.

E quando a noite chega a sensação é transbordante,
Então sou toda reflexo de um ardor, de um amor.
A pele sente a brisa, e o calor corre pelas ruas.
Tudo vira uma pintura ao delicado brilho da lua.
E a ansiedade predomina, os olhos se cansam.
A hora passa vagarosa, sem se deixar notar.
Mesmo pela luz das estrelas, tudo passa devagar.

E em cada bocejar há o medo de dormir,
E assim perder a hora de acordar e acompanhar
Cada passo da caminhada diária do Sol,
Cada brilho de esperança enviado nos teus raios.

E quando o Sol vem aparecendo atrás dos prédinhos,
A cidade inteira vai clareando, e o calor vai acendendo
A fé nas almas e nos corações dos apaixonados.
E tudo passa ter vida nova, novos ares, novas cores,
E eu fico acompanhando cada passo do Sol, delirando,
Imaginando diversas aventuras que o amanhã me aguarda.

Enquanto isso o vento vai levando o  tempo consigo,
E eu vou ficando num espaço mofado, empoeirado,
E eu vou me iludindo, vou te deixando pro futuro
E eu vou, desvairada, esquecendo-me pouco a pouco
Do porquê da minha rotina atrapalhada e delirante,
Do porquê de ter esquecido-me de mim,
E  ter-me deixado aproximar-me do fim.

Gabrielle Castaglieri

Contentes Frustrações

Q UERO CAMINHAR EM MEIO  À MULTIDÃO DIZENDO O QUANTO SOU FELIZ NO AMOR QUE TENHO SOFRENDO E MESMO EM VÃO SABENDO QUE NÃO ME QUER A BORRECEND...