quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Fez-se eterno no efêmero.

Fez-se grande em beleza
de sua face, de seus atos,
de seus gestos, de sua sutileza.

Fez-se eterno no efêmero,
nos poucos instantes,
no tempo rápido e derradeiro.

Fez-se amado e amador
de puras canções,
de puras palavras, puro amor.

Fez-se constante pensamento
perturbado e turbulento,
como a dor de um acalento.

Fez-se notável época
de mudança, de descoberta,
de realizações, de aprendizagem.

Gabrielle Castaglieri

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Memorial

Nosso tecer de frases naquelas tardes serenas
me trazem a lembrança do canto de um pássaro,
de um vendedor de cocadas esbravejando na rua,
de uma brisa atrevida que me invadia a janela...

Aquele amor tecedor de alegrias infindas,
que fazia-me esquecer-me de mim e da vida.
Aquelas poesias de nós dois, intercalando-se
no mesmo amor, na mesma dor, na vida em si.

E sua ansiedade crítica e suas unhas ruídas...
e a alta pulsação predominante em nós
e nossas desventuras e nossas conquistas.

E tudo sobrevoa no agora, num instante imparcial,
nesta hora estranha que não se deixa levar,
que de tudo ficou, na hora, este simples memorial.

Gabrielle Castaglieri

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Essência do amor.

Deixe que essa doce essência do amor
encha nosso lar e deixe a certeza de que
ali desabrochou uma flor bela e cheirosa.

E que nós nos lembramos ao sentir o cheiro
que ali esteve uma bela rosa do amor
que desabrochou e fez-se forte,
mas morreu, como todos as outras morrem,
deixando apenas a sua doce essência,
infinita e doce essência, do verdadeiro amor.

 Gabrielle Castaglieri

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Eu, você sentimos... Nós.

Loucura minha pensar tanto em você,
mas o que posso fazer se o seu olhar,
de longe, silencioso, curioso e discreto,
teima adentrar no meu espírito e dizer-me,
com as mais doces e belas palavras,
que quer-me, só a mim, que quer-me?
O que faço eu nesses encontros calados
onde os olhos amorosos de nós dois,
cansados, machucados e esperançosos,
dizem que querem olharem-se eternamente,
que para os meus olhos seus olhos são paisagens,
e para os seus olhos meus olhos são belas pinturas.

O que posso fazer se já amo estes teus olhos?
O que posso eu fazer com estes teus lindos olhos?
Por que cravastes em mim este teu brilho quieto?
O que posso eu fazer com este teu brilho quieto?

Sinto como se minh'alma voasse a cada encontro de olhar,
e sinto a sua alma voando a cada encontro de olhar.
E é como se as duas se pertencessem,
é como o encontro do desencontro das almas,
que agora voam para se abraçarem infinitamente.
Sinto que o que sinto é tão real, palpável,
sinto a verdade plena e tanta paz nisso tudo.
Eu sinto, é você. Você sente, sou eu.

Gabrielle Castaglieri

Você ou aquele...

Hoje não me vem à cabeça o então momento,
parece tão apagado e sombrio tudo que faço.
Mas há no decorrer das linhas desta poesia
a esperança do amor futuro e dos sonhos
e das promessas e dos planos e das juras,
como uma pequena vela se reacendendo.

E relendo cada palavra eu posso sentir
a mesma sensação de você me olhando.
Aquela sensação que me deixa incerta,
que me faz duvidar de mim, de tudo,
aquela sensação que me paralisa,
me deixa sem saber o que fazer ...

E agora eu já nem sei para quem escrevo...
de tão penetrante que aquele olhar foi em mim.
Não sei mais se você é realmente ele... não sei.
Talvez ele não exista mais em você,
e então eu mude para aquele, daquele olhar.
Aquele... aquele. Não mais você. Não sei...
Não sei porquê. Mas não mais você.

Escrevo para aquele que olhou-me nos olhos
e fez-me pensar em você não mais como o amor,
e sim como um amigo querido que ainda admiro...
Aquele que mudou tudo, e deu-me novo pulsar,
aquele que deu-me uma certeza tão forte,
certeza essa que não tive com você...

Ah, se não for aquele homem, meu Deus,
não sei o que faço comigo, o que faço de mim...

Gabrielle Castaglieri

Contentes Frustrações

Q UERO CAMINHAR EM MEIO  À MULTIDÃO DIZENDO O QUANTO SOU FELIZ NO AMOR QUE TENHO SOFRENDO E MESMO EM VÃO SABENDO QUE NÃO ME QUER A BORRECEND...