terça-feira, 26 de junho de 2012

Alvorada

Quero ver o raio que ninguém viu,
O raio que raiou somente pra mim;
Obedecer ao que meu coração (com razão) pediu,
E ter gratidão à quem raiou pra mim.

A noite surda era pálida, me chateava
Mas alguém com serenidade me sussurrava
" o Sol nasce todos dias, há de nascer.
"Estou com você, não tema o que há de haver"

Eu esperava o sono cálida, e a noite passava
O relógio era tirano e me chicoteava 
A saída era relaxar os músculos faciais 
Esperança de que corressem as horas banais.

Quando eu sentia o tempo perdido crescido
Abria uma fresta na janela trincada.
Os trabalhadores começavam seu dia devido.
E a fé pelo raio havia sido aumentada.

Ainda não era dia, pois o Sol tardava
Mas a fé era mantida, e só aumentava
E era hora de eu seguir para a Alvorada,
Encontrar o meu raio, me sentir amada.

Me arrumava toda para prosseguir:
"O Sol não veio, mas não vou desistir."
Descia para o ponto, pegava a condução 
Alguns ali pro mesmo destino, outros não.

E, quando antes de chegar, vi o meu raio,
A Alvorada estava perto tendo seus ensaios.
Ensaios da lição, como me ensinaria
Algo pra clarear não somente o dia.

Até que eu chegava na Alvorada, enfim.
Lá me recebia, de asas abertas, um Querubim
Que me levava até o entendimento;
Que me sorria e, assim, tirava o sofrimento.

Gabrielle Castaglieri



sexta-feira, 22 de junho de 2012

Veracidade I

Há belezas diversas nas travessas.
Há belezas que eu vejo e as pinto.
Há belezas em que eu esculto.
Há belezas que são só vultos.

Na minha tela criam-se risos
Pelas cores vibrantes de um ser.
Ser belo, simetricamente preciso,
Imperfeições ocultas à quem vê.

Ele canta-me ao ouvido, "ceda".
Ele mostra-se comovido, seda.
Ele canta frases feitas, "ceda"
Ele, após tudo, faz desfeitas: perda.

Na minha tela criam-se setas
Indicam a veracidade de mim
De borrar a tela, cumprir metas;
De deixar nas travessas o que tem fim.

Há veras belezas que crescem, crianças.
Há veras belezas que nos dão esperança
(ardor).
Há veras belezas que beijam o infindo.
Há veras belezas que te deixam lindo
(amor).

Na minha tela criam-se veras.
Verás! Que nessas palavras há licor,
Há chocolate, há doçura, há amor
E o olhar penetrado em expor.

Ele vero cala-se e me contém.
Ele vero fala o que lhe contém.
Ele vero ama-me e me contém.
Ele vero sabe o que me mantém!

Na minha tela criam-se revelações
Digo de términos, findas emoções.
Isso, sigiloso, mantinha-se secreto:
sem ser vero não há amor concreto.

Gabrielle Castaglieri




sábado, 16 de junho de 2012

Todo o meu olhar

Todo o meu olhar se torna à você
e  todo o meu ofato
e toda a minha audição
e todo o meu tato.

Te sinto, vejo, ouço onde estou
e, seja qual for o lugar, lá está você.
As vezes penso que você faz parte de mim
e, quer saber? Você já faz sim.

Você mora em meus pensamentos constantes
pensamentos diários, pensamentos de amor.
Você está comigo a todo e qualquer instante
quando estou feliz, ou quando estou com dor.

Ma mots à toi sont pour parler que...
somente que eu penso em você,
e que meu amor canta nas ruas da cidade
com o canto dos bem-te-vis e dos colibris,
com o balançar das árvores,
com o ruído do vento...

Bom, isso é tudo!
Te amo em tudo!
Até!

Gabrielle Castaglieri

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sincronizar

(Nas batidas que pulsam cansadas ao subir uma avenida,
nos pensamentos que voam universos distantes,
nos sonhos fechados, calados, cobertos pela vida,
nas canções serenas que cortam as almas de amantes)

Te sincronizar, a todo e qualquer instante
Pensar em abraçar-te nas noites quentes,
Nas noites frias, e até quando não houver noite!

Sinto você em mim.
Quanta estranheza.
Quanta felicidade.
Quanta tristeza...
(Por toda cidade)
Quanta estranheza!

Sinto você, assim
Diversificado nos pontos...
Nos desencontros.
Pinturas reais.
Fotos banais.

Te sincronizar, calada e coberta
Pela obscuridade das coisas mais belas,
Destas belezas que se revelam quietas!

Sinto você perto
Sentimento certo.
Sinto mais que a mim
Sentimento sem fim.

Sinto você quando
pego-me sonhando
Desventuras desregradas,
Poesias desvairadas.

Te sincronizar, sem querer ou pensar
Por reação, consequência de amar
Como um certo tipo de telepatia
Meu amor, temos sincronia !

Gabrielle Castaglieri

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Canção Saudosista

Sobrevoam devaneios nestas noites frias
Palavras mostram sentimentos em cartas vazias.
Transcrições varridas colecionam sensações
Do que fora ouvido em antigas e belas canções.

Um acorde soa forte na batida do violão
uma voz ecoa, fazendo arder o coração
os quadros na parede pintam cenas
de poesias maduras, poesias serenas.

Eu canto o que sinto, faço a poesia voar
Ela alcança seus ouvidos, te vem acalentar
Eu canto o que vivo, o que me faz viver
A tristeza que privo, para um amanhã ter

Indaguei suas cartas, seus mistérios de amor
Indaguei fatigada da falta do ardor.
Eu corri desvairada pelas estradas sem fim
Eu recorri a outros braços, só pensei em mim.

Inesperadamente eu recebo um recado teu
Um ano se passou e nada, nada, nada morreu
Me passa um filme na mente, e ainda que eu tente
Estancar feridas do tempo, ler o recado sorridente
(eu não consigo, não consigo, não consigo)

O choro que rola pelo meu rosto é o fato
da felicidade e também do fardo
Dos instantes que temos de esperar
pra que se concretize nosso sonho de amar.


Eu canto o que sinto, faço a poesia voar
Ela alcança seus ouvidos, te vem acalentar
Eu canto o que vivo, o que me faz viver
A tristeza que privo, para um amanhã ter.

Gabrielle Castaglieri

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Além do egoísmo...

Foge de mim a vontade de lhe ter
quando penso apenas em sua felicidade
Sei que um dia você pode não me querer
e forçar-te a amar-me seria crueldade.

O que sinto vai além do tal egoísmo
quero a tua paz, te ver contente consigo
E na sua felicidade insisto e cismo
Não volto atrás do que por amor digo.

Embora eu sonhe acordada com o teu olhar
e tudo o que eu mais queira seja brincar de ciso,
juntar as malas pra contigo viajar
e escrever acrósticos com seu nome no piso...

Gabrielle Castaglieri


Palavras pálidas (cálidas)...

Palavras pálidas
(cálidas)
Ressoam nas tardes
(alardes)
D'um futuro agora
(chora).
E trazem consigo
(amigo)
Um amor infindável
(afável).
Consomem tristezas
(certezas),
Criam ansiedades
(verdades),
Correm tresloucadas
(amadas),
Acariciam o amante...
(distante).
E não esperam nada
(caladas),
Temem o temer
(viver).
Querem só dar
(amar),
E serem entendidas
(vidas),
E vê-lo contente,
(tente),
E fazê-lo feliz
(quis).
Não temem o medo
(cedo),
Tentam se alegrar
(imaginar)
Naquilo que é certo
(perto)
E preciso
(conciso).
Só querem falar
(falar)
Só querem falar!

Gabrielle Castaglieri

Minha música preferida dos Bee gees (*---*) , e tem tudo haver com o tema de palavras :

Contentes Frustrações

Q UERO CAMINHAR EM MEIO  À MULTIDÃO DIZENDO O QUANTO SOU FELIZ NO AMOR QUE TENHO SOFRENDO E MESMO EM VÃO SABENDO QUE NÃO ME QUER A BORRECEND...