quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Poesia delirante.

Palavras insanas
Meu eterno tormento
Sofre a alma, tirana
Dançarina sem talento.

Vendaval, curto sopro
Se perdeu, curta trilha
Não sou eu, nem você
Somos nós, a sós...

Sinta-me aqui
Nestas (nossas) letras confusas
Sinta-me assim
Em todas rasuras

Imagino você
Lendo e relendo
Tentando entender
O que nem eu entendo,

E a quem ousar arriscar,
Nos avise por favor,
Não soubemos de nada (ainda)
Só sentimos, sem sentido

Nestes versos sem motivo,
Só um pouco de mim, e você
Sem nem ver, ou perceber
Sou só um texto, delirante....

Gabrielle Portella e Rafael Renhe

O futuro é o agora.

O mundo tornou-se pequeno
e os microscópios avistam mais.
Ver, em espaço curto, o imenso.
Em fotos o universo é perspicaz.

Nossos olhos tornaram-se as lentes
nessa tecnologia eminente.
Ver e rever em estático
o mundo em ação, é fantástico.

(poesia não nomeada)

Sê você somente
e resplandece a tua luz
Vá pelo o que sente
E seu amor produz.

Alegra-te a alma
o amor das alegrias
Traz necessária calma
o amor que pacifica

Dê sem receber
e receba sem perceber
Vê o que não vi
e perceba o que não percebi

Gabrielle Portella

O que passou?

O que é passageiro na vida?
Se tudo o que passa a memória fixa...
nada passa... nada passou...

Olhe para o céu outra vez
e verás que ficou...
Ficou tudo. Não restou.

Não mais terás sobras
uma vez sincero,
para sempre, eterno!

Está escutando esses pingos
da chuva, que aumenta...?
É o seu momento de encontro,
é o seu momento de pensar.
Talvez eu já esteja você
poderá sempre me encontrar!

(Deixe-me ouvi-lo respirar...
deixe-me ouvi-lo respirar...
deixe-me senti-lo vivendo)

Nunca foi tão necessário vê-lo
pois passeias em meus pensamentos
é só me encontrar para tê-lo
Deito, penso e salta sentimento.

se algo pela minha vida passou
a memória fixou... Tudo ficou!
Não temerei o desencontro,
não ansiarei o reencontro.
Pois se algo passou...ficou.

Gabrielle Portella

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O que passa, o que fica...

Passam-se as horas pela rua
uivando para que eu corra
mas está morta a minha pressa
que a vida passa tão depressa
pedindo em prece que eu morra.

Passa e eu sinto que fica
fica algo para traz
minha alegria dissolvida
por um momento, desses, vivas.

E já nem sei o que está vivo
o momento, ou o partido...
tudo fica sem sentido
e eu me encontro perdido.

Me encontro e desencontro
vai ver nunca encontrei
sou um ser no incerto conto
do qual nunca contei.

Gabrielle Portella

O Pensador...

KKKKKKKKKKKKK Isso vai acabar com minha credibilidade, mas mesmo assim vou postar.
Aqui estão os versinhos de minhas amigas da escola:

"Rosas são vermelhas
com violetas faço um buquê
se você não me queria
por que roubou meu patinete?"
Kauãne Simões

"Faça-me ver o irreal
do tão sobrenatural:
por que como cereal?"
Monielly de Carvalho

"Subi no pé de manga
para ver o meu amor passar
A lua no céu brilha
e você roubou meu skate!"
Joice

Hahahaha, minhas amigas são poetisas! u.u kkkkkkk

O seu nome...

Roubarei o vento para o tempo controlar
Irei ao deserto, viajarei ao mar.
Correrei aos montes para lhe encontrar.
Ao fim comemorarei, em amar e amar.

Romperei em amor o impossível
Deterei o monstro indestrutível
O amor, pois, faz amável o terrível.

Ah... o seu  amor fortalece
Me faz lutar ainda mais.
Otimismo que me invade,
Riqueza que só ele traz.

Gabrielle Portella

Só regressa o coração

Passa a vida desregrada
passa instante, passa hora
passa o tudo, passa o nada
passa o futuro e o agora

É essa brisa que os leva
tão distante já estão
vai passando tão depressa
e jamais regressarão

E o passado  que eu desejo
parece que não chega
amado perco em bocejo
e a vida venta, e só venta

Vendaval... vem furacão
devastando sentimentos
voa alto a emoção
trazendo recentimento

Passa amor, vai passando...
recordações ficam e vão.
Fica amor e vai ficando...
e só regressa o coração!

Gabrielle Portella

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Serei...

É somente meu esse tormento
Não se envolva, não tente interpretar.
Vou vivendo a certeza e o momento
Em rodar, voltar e rodar.

Serei o ser que nunca foi
E que nunca pensou em ser
Serei eterno... incessante...
Serei o nada. Irei morrer.

Passam-se as horas não mais incertas
Pois o certo é a morte e a morte é futuro.
E todo futuro, quando passa, é presente
E presente será meu após atravessar o muro.

Gabrielle Portella

És memória recortada...

És memória recortada
parte cheiro, parte toque.
És lembrança tão amada,
meu amuleto da sorte.

Essa brisa, esse campo, essas rosas,
tudo aqui é tão você
tenho tardes de lembranças amorosas
e em cada flor posso te ver.

Jogo estas flores em minhas letras
e envio-as em pensamentos.
Sinta o meu amor nesse poema
que passa na brisa, sem relento.

Sim, esse poema é seu
oh eterno amado
se nada em ti morreu
saiba que esse coração
para sempre será seu.

Sinta-me onde estiver
como um único raio de calor,
como a última esperança bela;
como a força exclusiva do amor,
como uma riqueza paralela.

Pois não há capital nem ganância
neste meu sentimento valioso
Mas há o seu rosto em esperança
e um tanto curioso.

Mas peço-te, oh amado,
que tenha calma, e verás
a recompensa deste amor
o nosso amor que vingará.

Gabrielle Portella

Ida

Partia a hora sem sentido.
No vácuo, um gemido
corrompendo o sentido imortal
de estar-se indo. Fatal
amor que voa nas nuvens
no tal grande avião
na lágrima a certeza
da falta: a solidão.

Sentir-me-ei nas rachaduras
do que ainda não se quebrou:
uma lembrança falsa e imunda
a única que ele guardou.

Ele está indo tão depressa
já é difícil lhe avistar
no coração há uma pressa:
ver o tempo passar.
Ganhando ao fim a certeza
que a rachadura se unirá.

vejo outros como vultos
que têm a sua silhueta
minha visão tornou-se sepulcro
onde está uma maleta
maleta que leva consigo
os meus demais desejos...
maleta que está contigo
neste avião de passeio.

Gabrielle Portella

Amor?

O sentimento aqui escrito
é distante e irreal
seja ele apenas vencido
por um verso banal.

Distante de mim é o que escrevo
pois meus sentimentos eu que invento
desde o princípio assim o foi
até o amor a arte inventou

Se não fosse pintura, poesia, música
nada se poderia sentir
teria um abismo em cada alma
e no mundo não haveria calma

Ser-me-ei com uma fonte
de sentimentos nunca antes vistos
sentirás em minhas letras
um amor sem resíduos

E vou escrevendo sem nada sentir
esperando que amor você sinta
sinta o amor que eu escrevi
e faça com que ele exista.

Gabrielle Portella

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Heartpatia

Suas descompassadas batidas cardíacas
falam mais que quaisquer palavras banais
não posso dizer que isso é nossa telepatia
mas qualquer um pode ver que temos sincronia
no olhar, no toque, nos passos d'encontro
sinto que fomos feitos um para o outro.

Sei que muitos inconscientes já disseram isso
mas há algo me dizendo que seremos felizes
nem que eu morra em pró do seu sorriso
Cobrarei sempre ao tempo o prometido.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O vente levou-te, o vento trouxe....

E que este seu vento
também traga-me amores
Que este nosso experimento
nos ensine novos valores.

Se o vento te levou
sei que foi para um campo.
Tudo o que ficou... passou...
menos o "eu te amo".

E esta frase é macieira
que bela fruta traz,
ou as tornamos boas,
ou as tornamos más.

Árvore do conhecimento
do bem e do mal,
agora que já a conhece
escolha bem, seja focal.

O amor, sendo puro,
é eterno. Como eu quero...
esta eternidade: é amor,
e é ela que eu espero
Então dela cuidarei,
tornarei-me brunidor
se for para zelar,
zelarei pelo amor!

Gabrielle Portella

Desbravador do amor.

Quero ter suas batidas
no momento em que escreveu
a contradição do amor.
Quero viver os versos teus.

O que te fez pensar
num amor assim?
É muito desejar
tê-lo só pra mim?

Volto ao passado
do qual eu nunca vivi
e encontro o meu amado,
é teu amor que eu senti!

Teu amor esperançoso,
sem origem e sem destino;
teu amor grandioso,
ao mesmo tempo de menino.

És desbravador do amor,
velejador dos sentimentos
quero ser o teu marujo
e ter-te a todo tempo.

Não sou os teus sonetos
da paixão de portugal
mas quero ser teu momento
de inspiração no vendaval.

E não me importo
se serei-lhe resistente.
Penso no hoje, pois me basta
o seu amor somente.

PS.: Essa poesia eu fiz à Luís Vaz de Camões, que foi um grande poeta português do século XVI. Ele quem escreveu a famosa poesia "Amor é fogo que arde sem se ver....". Com base nesta poesia e naquela "Erros meus, má fortuna, amor ardente" eu montei essa minha homenagem à ele, que merece por tanto me encinar sobre o sentimento mais questionado!
OBRIGADOOOOO CAMÕES *---* SALVE ^^v!
Gabrielle Portella

sábado, 20 de agosto de 2011

Ser sem fim

Lé génie du mal - Giullaume Geefs.
Quero ser.
Não somente ser.
Mas ser assim:
um ser sem fim.

Quero ter O verbo Ser
no infinitivo: tenho e sou.
E do Verbo conhecer
mas finito sei que sou.

E tenho um fim.
E ter o fim é não ter;
é o mesmo que morrer.
E ao fim nada terei.

Mas O Verbo diz existir.
O verbo Ser que é sem fim
Sim, O Verbo diz ser eterno.
Eterno O Verbo e o ex Querubim.

E ser verbo no infinitivo,
como morrer e doer,
pode ser muito ruim.
Pois, deixemos o Ser.

Mas todos querem Ser
Ser quis, o Querubim.
Mas ser eterno em morrer
é pior que ter um fim.

Gabrielle Portella

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A partida da Felicidade

Vai-se indo em meio a alameda
uma felicidade tresloucada,
o pulsar que dava vida
à esta miserável mal amada.
Efêmera loucura
mais lúcida que minha sensatez
trouxera o riso descontrolado
depois o choro e uma rigidez.

Naquele sentimento imortal
que prometi deixar intacto
rígida protejo-o deste vendaval
como uma aliança, um pacto.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Diz pra mim.

Diz que sou agora
o respirar e o nascer
Diz, ao menos, uma hora
que ainda posso te ter

Diz que vai me ver
não como fui, mas como sou
Diz que tu vai ser
o que não foi, mas se tornou

Diz que o que ficou
é verdade, não miragem
Diz que o que restou
é alegria e paisagem

Diz que está bem
depois do tal adeus
Diz pra mim também
que estou no sonho seu

Diz que já teve fim
pois não aguento a incerteza
Diz que acabou pra mim
e acabe com a nossa tristeza

Gabrielle Portella

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Duas amigas, um só coração.

Lembro-me bem de nossas tardes
risos, carinho, abrigo. É amizade!
Como pôde acolher-me assim?
E nas orações lembrar-se de mim?

Sei disso pois também recordo-me
de você vir em mim com um abraço
dizendo que Deus está comigo
justo naqueles dias de cansaço.

É pra mim um carinho, um afago,
saber que há você nesse mundo
onde tudo já está tão pra baixo.

Você nos traz seu sorriso
incomparável, assim, fraternal!
pois o carinho hoje é raríssimo
mas pra você ainda é matinal.

Para acabar revelo-te um desejo
desejo que tenho em vê-la feliz
e essa é a minha singela forma
de deixar na sua história minha raiz

E raiz é aquela que dura e suporta
tempestade, furacão, tsunami
quero ser assim na sua história

Saiba que minha mão está aberta
Para o que for preciso
Minha torcida já está estabelecida
e pra ti sempre terá um abrigo.

Gabrielle Portella e Bárbara Constante

PS.: Essa poesia eu fiz pra a Bárbara Constante (mamis). Foi a própria que nomeou a poesia, créditos à ela !

Dançando em um cemitério.

A triste recordação vai sempre ficar:
lembrança de uma tarde
num verão, com um bolero qualquer.
Ao calor, de mãos dadas
dançava o homem junto a sua mulher.

Rodopiavam sem parar
no lindo parque da cidade
choro até hoje ao lembrar
da triste cena daquela tarde.

Pôde-se ouvir no ultimo rodopio
o grito doentio da linda esposa
estava um corpo sobre o outro
uma alma partiu sem sequer
se despedir ou avisar sua mulher.

Era a bala que atravessara o peito
do dançarino, homem direito.
Não havia motivos para o matar
então os passantes começavam a indagar
o porque daquilo tudo
qual ser humano absurdo
seria capaz de matar um homem desse
que sorrindo sempre esteve.

Hoje já passaram-se anos
e a pobre viúva continua dançando
para seu falecido marido
em cima de seu túmulo, no cemitério,
continua vivendo no pretérito.

Gabrielle Portella 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dê-me a sua mão

Dê-me a sua mão,
assegure-me no teu colo.
Deusa rebelde
não aguento mais este vão
pois revelou-me celeste,
serena em mansidão.
Só tu podes preencher-me
dando a sua mão .

Me leve ao desconhecido mundo
que vejo no brilho do teu olhar
dê-me por uma eternidade
o seu tempero: ensina-me amar.

Está certa, é uma aliança mortal,
mas quando não sabe-se aprender
a deixar o habitual
para um novo mundo empreender.

Peço-lhe somente,
como jovem carente,
um pedaço do seu céu
e que dê-me a sua mão
para eu banhá-la no meu mel.

Tenho em mim uma colmeia
onde guardam-se meus desejos
sei que lá eles nunca se amargarão
e, se achar que mereço,
deixe-me lá guardar também a tua mão.

Faz-me sorrir, alegra-me
e tira-me da decadente esfera
onde estou a lutar desarmado
com uma terrível fera.

Serei-lhe fiel e darei-lhe o necessário
para voarmos na imensidão,
como jovens canários.

Nas suas vestes leves de seda
encontro a suficiente paz
e qualquer coisa que outra me ofereça
não me importo, tanto faz.

Fernando Faramílio

Cadê o meu limoeiro?

Eu vejo que esta cidade está mudando
Pessoas veem e vão cheias de seus afazeres
As crianças (que antes apenas brincavam)
hoje sempre carregam os seus relógios
Será que nas novas escolas ensinam
a se apressar e ler o ponteiro?

Antes o ar era coisa misteriosa
ninguém dele sabia, o decifrava
hoje já podemos até vê-lo!
E isso é o que chamam de evolução.

bibliografia
O que antes meus pais me falavam
(naquelas rodas de conversa)
hoje, mesmo velho, vejo acontecer.
Era aquela tal história do futuro
com nosso quintal sem árvores.
Mamãe dizia que era por embargo
embargo de uma autoridade.
Papai dizia que o limoeiro
também ia ter que arrancar
para que viesse um pedreiro
nas ruas da nossa cidade asfaltar.

Antes minha rua era cor de terra
marrom, vermelha, era mais bela!
Hoje tudo que vejo é cinza,
corzinha tão sem graça!
O que tem de legal nela?
Eu gostava mesmo era do verde
Cor que me acompanhava
onde quer que eu passava.

Mas minha frágil arvorezinha,
que dava vida ao meu quintal,
foi brutalmente devastada.
E devastação virou viral
nenhuma árvore é respeitada.

Fernando Faramílio

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Versos Anorexos

Frases jogadas no espaço,
Com voz aflita, impaciente,
Recusa o fato, sem dar um passo...

E por passos, neste espaço,
Sou sombra, sem voz,
O eco, na penumbra,
Ei de sucumbir ao passado...

Vago pela sombra,
Sem mal notar os pés,
A cada passo a incerteza,
De uma vida duvidosa...

E por onde eu percorra,
A voz, ecoando, ilimitada,
Hesitação, que passa,
Por estes versos, sem nexo.

Rafael Renhe e Gabrielle Portella

Ai que emoção, essa poesia foi feita com um querido: Rafael Renhe.  =^.^=
 Blog do Renhe: http://antologicamentepoetico.blogspot.com/

O presente do Sr. Passado

O Senhor Passado e o seu presente 
Falando no Sr. Passado
eu revejo o sentido,
tornando-o constante...
minha lembrança é presente!
Presente embalado
delicadamente.

Embalagem lacrada,
embalagem bonita,
embalagem comprada,
embalagem vivida.

Embalagem é disfarce
do presente que é dado.
Presente inesperado
enviado pelo Passado.

Este tal Senhor Passado
ainda é lembrado
pela presenteada:
Srt. Associação.

Esta Senhorita é bonita:
é cheiro, cor, lembrança;
ela é delicada:
é gosto, tato, influência...

Por ser assim tão bela
ganhou aquele presente
(do Senhor Passado).

Mas o presente do Passado
srt. Associação não quis abrir,
está lacrado (volto a dizer)
não podendo-o definir.

Como podemos ver
o sr. Passado não é
tão cruel quanto dizem ser.

Gabrielle Portella

sábado, 13 de agosto de 2011

Fujam, memórias.

Hoje minha mente surtou num instante,
fez indecifrável minhas ações.
O meu olhar ao vácuo fixou
mas meus pensamentos voavam
a qualquer lugar,
e quando me deparei já não sabia mais
o que antes havia começado.

Circunstâncias assim veem em vão
dia após dia, sem avisar.
A lástima é ter deixado um vão
no clímax da história principal.

Nada acontece mais em ordem.
Posso crer que em mim
há raios e trovões
anunciando tempestade...
ao fim será tarde
do dia, com o sol a se pôr.

Fujam memórias, fujam!
Num tempo de um colapso façam as malas.
Se o clímax se foi o resto não me importa.
Então fujam memórias, fujam!

Gabrielle Portella 

Veias

Antes de vocês lerem quero que saibam que nem tudo que eu escrevo é tudo o que sinto. Muitas poesias minhas são visões de como uma outra pessoa se sentiria em certa situação. É aquela tal história de se colocar no lugar da pessoa. Nesta poesia eu tentei imaginar como um suicida pensa, mas não que eu queira me matar, NUNCA tentei, e não me imagino tentando.

Poesia Veias:
Quantas vezes o meu coração já bateu?
Queria contar e decifrar cada batida
aquela mais apertada, aquela mais forte.
Queria te sentir em uma delas que se perdeu.

No pretérito amor, escondido numa veia
não mais aquela artéria, mas continua no sangue.
Será que por um corte esse sangue sai ?

O medo de me cortar é perder todas batidas,
até mesmo aquelas que quero manter.
Aquele moço belo que mora numa artéria
não quero justo agora fazê-lo desaparecer.

No meu último suspiro de partida
que este amor não venha a falecer
por mais que sofrida esteja a vida
quero o novo moço nesta artéria manter.

Gabrielle Portella 

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os verdadeiros farrapos ainda existem

Oh eterna noite
que cobre nossa nação
até quando vai durar
esta sua maldição?

Qual engenhoso romperá
o tranco dos nossos lábios?
Qual Atenas saberá
trocar de vez nossos farrapos?

Por favor, dê-me o direito
de abranger o vocabulário.
Cumpra o seu dever
de me ensinar o abecedário.

Não sei ler as minhas leis
porque a escola que eu comprei
aqui ainda não está.
Com confiança o poder lhe dei
mas também posso tirar.

Sei que não estou só
para caminhar nessa ponte quebrada!

Gabrielle Portella 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Olhai para mim, e sede salvos

Aonde estão os seus olhos?
Para onde eleva a sua vista?
O que a faz assim brilhar?

Aonde estão os seus olhos?
Procurando outros olhos
tão comuns à este seu
para  tentar decifrar?

Aonde estão os seus olhos?
Já não enxergam mais
de tanta falsa luz
que insistiu  em olhar?

Aonde estão os seus olhos?
Procurando na rosa o amor
que só eu posso lhe dar?

Aonde estão os seus olhos?
No espelho da insegurança?
Nos trajes deslumbrantes?
Querendo deixar à desejar?

Aonde estão os seus olhos?
Naquelas letras incertas
que lê dia após dia
tentando nelas se refugiar?

Aonde estão os seus olhos?
Presos na alegria efêmera
que confundes ser constante?
Esquecendo-se de gargalhar?

Aonde estão os seus olhos?
Nunca é tarde para procurar,
mas estás certo que queres achar?

Se realmente quer, vigie.
Se realmente quer, toque no seu rosto!
Verás que não é difícil
(tanto quando imaginou).

Porque assim sou eu:
ando contigo, sem que me veja;
mostro-lhe tudo à sua frente
mas você não pode me ver.

Estou contigo!
Use suas mãos,
use seu tato, seu sentido
para me encontrar!

Gabrielle Portella, sob inspiração de Deus!

  • Olá leitor,
essa poesia é a mensagem mais sábia que eu posso lhe deixar. Muitos veem Deus como algo que não se pode questionar, mas aqui estou eu quebrando esse paradigma. No quê erramos é em não procurar a resposta da pergunta. Então Deus está na nossa cara. Mas, até por ser tão simples, esse é o último lugar em que procuramos.
Os obstáculos para encontrar a Deus não existem, mas você o cria. Eu já criei! Até que, querendo achar a resposta de todos os questionamentos que eu tinha, percebi que Deus é simples de encontrar, mas que sempre devemos questionar certas coisas para não sermos crentes ignorantes.
Título da poesia: Isaías 45:22 

Espero que você tenha entendido o que eu quis dizer,
Que Esse Deus (que  sempre está comigo) esteja sempre contigo, no Nome de Jesus.
Atenciosamente,
Gabrielle Portella.


Desculpas


Eu peço desculpas aos leitores por um erro meu. Usei de metáforas que têm MUITOS significados, e em uma de minhas poesias eu dei um sentido que eu não queria dar. Foi na poesia "voltarete", que já foi excluída. Não voltarei à postá-la pois os significados que voltarete engloba são totalmente fora de minhas propostas, e não quero (de forma alguma) que eles sejam válidos.
Obrigado pela atenção,
Gabrielle Portella.

O venerável (algo do passado)

Você colocou-me em uma situação
em que é difícil decidir.
Vem o questionamento, a hesitação
mas não posso bater a porta e sair.

Escrúpulo ardia dentro de mim
com esses dois pólos:
o bem que me traz,
e o caos que isso faz.

Ambíguo é interpretar
esse amorfo pensamento.
Cefaleia vem me mostrar,
em eclosão, o que há por dentro.

Renunciar algo assim
seria tolice e grande perda
por tanto esperar o voltarete...
... voltarete que não chega!

Gabrielle  Portella

sábado, 6 de agosto de 2011

Arquivos da Memória


Quando os meus olhos se fecham
o depósito das memórias se abre,
o peito aperta pela ilusão
de transformar todos arquivos em disfarce,
mascarando minhas tristezas
e fingindo nunca ter existido hipocrisia.

Estas mentiras ardem em minha boca
como um veneno vital.
Sinto-me amargando descontroladamente,
já não sei se sou capaz de amar,
nem sei mais em que estou crente.

Você tornou-se uma neblina
tão densa que não enxergo nada
e esta tornou-se minha sina
seguir cega e mal amada.

Você era em minha mente
um monumento indestrutível
tinha sua imagem fortalecida
sua carapuça era invisível
mas agora tornas-te neblina...
neblina assim: indecifrável.

Você tornou-se em meu livro
um capítulo que não foi apagado
mas também que nunca foi escrito
e, sendo assim, nunca foi lido.

Gabrielle Portella

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A rua e o tempo

Hoje vejo essa rua diferente.
O céu que a cobria
com algumas nuvens,
agora, mesmo no inverno,
está ensolarado, sem nuvem alguma.

Aquecido está o asfalto
onde tocam os meus pés,
passo a passo.

E a correria, agitação
são folhas secas jogadas
que, por decorrência,
ficaram após o outono.
E o silêncio predomina
barrado apenas pelo vento.

As pessoas vêm e vão
olhando ao relógio,
como quem pensa:
-- Não quero me atrasar.
Mas o tempo jaz passado,
teve morte súbita o relógio.

Porque ninguém para nessa rua.
E com o tempo tudo passa...
até o tempo passa.
Se o cansaço chega
o tempo te leva,
e quando recuperada as forças
está no fim da rua.

Por isso não se canse,
para que o tempo não te leve.
Leve o tempo contigo,
faça dele teu amigo.
Mas nunca encare-o,
nunca peça briga.

Nessa rua há buracos
que dificultam a caminhada,
por isso não corra,
ande no seu ritmo,
como uma linda dança
dentro do compasso.

Mas, acima de tudo,
observe os conselhos
com toda a atenção.
Uns assim dizem:
-- Não corra, não pule,
não ande, não caia no buraco.
Há vezes que nem tem buraco,
Não deixe ninguém fazer
escolhas por você.

Se achar que deves, até mesmo,
ignore esta poesia.
Faça ter valor
o que queres que tenha!

Gabrielle Portella

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Uma outra visão

Eu vejo as lágrimas do João
que a falsidade vê e expressa
irreverência. Ao seu olho pouco
escapa, do seu olho tentamos
escapar. Olho camuflado
és capa que cobre o segredo
do pranto a escorrer
de uma mulher que se encantou
por esta diferente visão,
diferente dentro do curto
horizonte que a rodeia.

Com seu olho João fala,
a boca apenas expressa.
De sua espada se apodera,
põe o cabresto em sua cavalo,
no chicote: a velocidade.
A chegada é incertamente
precisa. Para ele que vê
(ou acha que vê)
tudo e todos a sua volta,
o chegar é o de menos,
conquistar é sua palavra.

O potro inesperado
chegará por seu cavalo,
quando este se cansar
da caminhada, aparentemente
sem fim. Sua luta terminará
com todas chicotadas.
... Só quando o potro chegar.

Gabrielle Portella 

  • Você quer saber mais? 
Heeeeeeeeeey leitôô!
Vou deixar uma ajudinha para o entendimento aqui em baixo:

Potro: Filhote de cavalo; instrumento de tortura medieval.
Cabresto:  É aquele freio que se coloca na cabeça do cavalo, impedindo-o de abrir a boca. ;)
Chicote: Me referindo ao chicote que usam no cavalo, para apressar a corrida.

Não sei se perceberam, mas o cavalo é quem sofre na história! kkkk. Quem é o cavalo? ...
MEDITEM!

Contentes Frustrações

Q UERO CAMINHAR EM MEIO  À MULTIDÃO DIZENDO O QUANTO SOU FELIZ NO AMOR QUE TENHO SOFRENDO E MESMO EM VÃO SABENDO QUE NÃO ME QUER A BORRECEND...