sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Soneto Monólogo

Agora deixo o tempo a aguardar por mim
pois já não passo senão por alameda sombria,
pela penumbra do ontem sem fim...
Das tardes em que a vida sorria.

Tenho na doce lembrança um quarto apertado.
Tenho na gaveta uma infância empoeirada,
uma rosa murcha, um coração quebrantado
E recortes de fotografias amassadas.

E temo o que farei.
Pois do que passou, passou.
Mas do amanhã não sei.

E me regro. E me rogo,
para não perder o controle
deste meu monólogo.

Gabrielle Portella

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ser que sou

Sou o que não se pode saber.
Assim: não saber ser.
Se sou não sei.
Se sei não sou.
E também não anseio saber.
Meu desejo é ser
E meu ser é desejo.

Sou uma taça de vinho
a deixar marca na mesa.
Sou de uma janta romântica
o licor, a sobremesa.
Sou de suas incógnitas
a única certeza.
Sou por hora serva,
por hora burguesa.

Só sei que não pertenço a ninguém.
Sou somente minha mansão.
Abandonada? Nem um pouco.
Por vezes um ou outro louco
Aluga-me à alto preço
de carinho, e sei que mereço.

Nada contém-me.
Mas contenho em mim tudo.
Não caminho em poucos passos
pois são grandes os meus traços
e meu traçar pelo mundo.

Nada detém-me.
E não detenho em mim tudo.
Meus desconfortos, sensações
e tantas outras impressões
sou de falar até aos surdos.

Em cada jornada, a boemia
e as minhas cenas e as poesias.
Um cigarro, um bar na cidade
por vezes esqueço-me da minha idade.

Sou o poder de fazer
quereres conhecer
o meu gosto acre,
o meu gosto doce.
Sou sensações
minhas e alheias.
Breves emoções,
no ressaltar das veias.

Soa o meu ser
ao suor que te corre ao corpo.
Soa o meu prazer
À dependência ao vento (ao sopro).

Raquel Rodrigues

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mon grand amour

Je sais seulement que c'est toi.
Que complètes ma vie, oui, c'est toi.
Je simplement ne peux pas penser
en autre homme, pour mon coeur donner.

Autrefois j'ai eu très tristesse
Parce que je n'ai eu pas ta caresse.
Et mes larmes toujours à tomber.
Tout ça, seulement, par t'aimer.

Mais aujourd'hui c'est un nouveau jour.
Je t'embrasse, et nous faisons amour.
Tu m'emmène à les nuages, c'est ton don.
Et le vent chante la nôtre chanson.

Alors, aujourd'hui le ciel c'est trop bleu,
et c'est trop fort mon battement du coeur.
Ta présence c'est tout que j'ai besoin,
je voudrais toi en tous les recoins.

Gabrielle Portella

Contentes Frustrações

Q UERO CAMINHAR EM MEIO  À MULTIDÃO DIZENDO O QUANTO SOU FELIZ NO AMOR QUE TENHO SOFRENDO E MESMO EM VÃO SABENDO QUE NÃO ME QUER A BORRECEND...