segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quão grande é nada.

Não poderei desfazer o que não foi feito.
Nada foi, nada é... quem sabe será...
Quem sabe terá seu efeito.
quem sabe... será?

Mas se não sou, poderei ser?
Mesmo sendo alguém que sabe que...
Hoje, em nada, sou tudo;
amanhã, em tudo, serei nada.

Ainda que a beleza de um objeto desapareça
serei tudo em poucas palavras manuscritas.
O que restou do saber de uma vida...
Meu regozijo é essa tinta e papel,
é a arte que ainda pode ser sentida.

Quão grandioso é o "nada".
Por nada escrevo...
(Por nada, senhorita)
...pois onde há "por nada"
há também um "obrigada".

Gabrielle Castaglieri

Fiquem com Deus, queridos.

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