O saudosismo que vagueia empoeirado pela sala
é evidente no olhar do pianista concentrado,
e nas folhas secas vistas pela janela entreaberta.
Tudo contribui. Tudo é memória. Tudo é saudade.
As vozes e os ruídos que ecoam pela casa
são nossas conversas das tardes tardias,
que dançam ao balançar das cortinas brancas.
Tudo contribui. Tudo é memória. Tudo é saudade.
Inconformo-me sem teus sorrisos, tuas besteiras, teu amor,
e em nudez protesto (deitada no chão), a falta que me faz
as tuas carícias, teu afeto e, confesso, não dei valor.
Tudo contribui. Tudo é memória. Tudo é saudade.
(Casa sem móveis. Ecoa o choro. Toda a minha dor.)
Rolo pelo chão, juntando as poeiras na pele.
Fixam-se em mim os fardos da recordação,
e tudo o que eu queria agora, de volta,
eram os seus dedos entrelaçando-se em meus cabelos...
Tudo contribui. Tudo é memória. Tudo é saudade.... e dor.
Gabrielle Castaglieri
quarta-feira, 11 de abril de 2012
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