Hoje não me vem à cabeça o então momento,
parece tão apagado e sombrio tudo que faço.
Mas há no decorrer das linhas desta poesia
a esperança do amor futuro e dos sonhos
e das promessas e dos planos e das juras,
como uma pequena vela se reacendendo.
E relendo cada palavra eu posso sentir
a mesma sensação de você me olhando.
Aquela sensação que me deixa incerta,
que me faz duvidar de mim, de tudo,
aquela sensação que me paralisa,
me deixa sem saber o que fazer ...
E agora eu já nem sei para quem escrevo...
de tão penetrante que aquele olhar foi em mim.
Não sei mais se você é realmente ele... não sei.
Talvez ele não exista mais em você,
e então eu mude para aquele, daquele olhar.
Aquele... aquele. Não mais você. Não sei...
Não sei porquê. Mas não mais você.
Escrevo para aquele que olhou-me nos olhos
e fez-me pensar em você não mais como o amor,
e sim como um amigo querido que ainda admiro...
Aquele que mudou tudo, e deu-me novo pulsar,
aquele que deu-me uma certeza tão forte,
certeza essa que não tive com você...
Ah, se não for aquele homem, meu Deus,
não sei o que faço comigo, o que faço de mim...
Gabrielle Castaglieri
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
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