domingo, 25 de outubro de 2015

A Minha Caverna Sou Eu

A minha caverna sou eu.
Me escondo diariamente de quem sou,
tento esquecer o que me corrói,
tento fingir que estou bem.
Todas as noites um sono maldito me ilude
com a fantasia daquilo que queria ser.
Ele sufoca-me ao acordar .
Estou perdida!

Minha esperança eu plantei e rego-a com lágrimas.
A tristeza me é como fonte de realidade,
quebra-me as ilusões e fortalece-me as verdades.
Estou forte porque estou triste.

Minh'alma está atada numa cama de hospital,
O hospital é os meus pensamentos.
Desatarei nó por nó dessa minha condição
na ala dos meus sentimentos.

O passado é sempre melhor que o presente,
e no futuro desejamos o que um dia foi presente detestado.
É aquela velha história do "eu era feliz e não sabia".
Minhas feridas de outrora castigadas
hoje me parecem meros machucados.
E o que vivo ? Me é como câncer nas minhas ideias.

A felicidade é furtiva, passageira e inquietante.
ah se meu riso durasse mais que um pequeno instante,
ah se a vontade perdurasse em minha cabeça
e não se afogasse no desanimo
e não se detivesse no tempo fugaz.

E essa reticência que eu sempre ponho,
quando o que eu queria era dar ponto final,
uma exclamação, quiça, serviria .
Mas acabo em depressão, tristeza e poesia
...

Mas não me faltará páginas pra rascunhar a minha lástima,
depois da reticência pode haver um novo capítulo,
nesse posso pôr ponto final na minha angústia
e escrever um novo livro pra minha história.

Há tanta gente no mundo com tantos medos quanto a mim,
há Dom Quixote em toda parte lutando contra moinhos de vento
E eu sou um deles.

Secarei o meu choro que torna os meus olhos embaçados
assim verei melhor o horizonte,
onde a paisagem é mais bela .


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