sábado, 12 de novembro de 2011

Amada Saudade, vá embora!

Esfaqueia a minh'alma este amor empoeirado.
Estou presa num futuro inexistente e imaginário.
Gritos alucinados pela dor saltam da boca.
Estou me prendendo pois percebo que estou louca.

Tresloucada vivo num tempo não contado.
O ponteiro roda, mas vou ficando no passado.
Vivo pois já fui algo que fez brilhar um olhar.
Hoje choro. Choro pois só as lágrimas podem brilhar.

E estas lágrimas chegam a secar, e sou toda saudade.
Saudade do amor, saudade da dor, saudade de ter saudade.
Saudade infinita que me inunda e transborda.
Saudade amiga que as vezes até conforta...

Saudade, minha amante. Beije minha face e vá embora.
Corra com o tempo, me tire do passado, mostre-me o futuro.
Fuja pra bem longe, deixe-me viver. Leve está hora.
Deixe esclarecer, pois não aguento mais acordar no escuro.
Saudade, minha amada. Te amo, mas vá! Vá embora.

Gabrielle Castaglieri

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