sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Delírios inquietos do amanhã

O assistir da caminhada do Sol perante as nuvens
É delirante inquietação do esperançoso amanhã.
Vê-lo descendo lentamente no imenso céu azul
E senti-lo aquecendo todo o corpo ao meio-dia
É como volúpia crescente e cheia de ardor.

E quando a noite chega a sensação é transbordante,
Então sou toda reflexo de um ardor, de um amor.
A pele sente a brisa, e o calor corre pelas ruas.
Tudo vira uma pintura ao delicado brilho da lua.
E a ansiedade predomina, os olhos se cansam.
A hora passa vagarosa, sem se deixar notar.
Mesmo pela luz das estrelas, tudo passa devagar.

E em cada bocejar há o medo de dormir,
E assim perder a hora de acordar e acompanhar
Cada passo da caminhada diária do Sol,
Cada brilho de esperança enviado nos teus raios.

E quando o Sol vem aparecendo atrás dos prédinhos,
A cidade inteira vai clareando, e o calor vai acendendo
A fé nas almas e nos corações dos apaixonados.
E tudo passa ter vida nova, novos ares, novas cores,
E eu fico acompanhando cada passo do Sol, delirando,
Imaginando diversas aventuras que o amanhã me aguarda.

Enquanto isso o vento vai levando o  tempo consigo,
E eu vou ficando num espaço mofado, empoeirado,
E eu vou me iludindo, vou te deixando pro futuro
E eu vou, desvairada, esquecendo-me pouco a pouco
Do porquê da minha rotina atrapalhada e delirante,
Do porquê de ter esquecido-me de mim,
E  ter-me deixado aproximar-me do fim.

Gabrielle Castaglieri

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