Ora, ora... Hora essa!
Ainda passa a graça da hora.
Ah sim! Ela passa e implora:
-- Que viva a hora que virá
e virará agora, e passará!
Ora! Hora que ora e chora.
Ora chora, ora implora....
E se dispersa nos instantes
(imensos, constantes)
num tempo indecifrável pra mim
que não está aqui, pois passou,
mas não tem fim!
Hora que afora mora
e não me pertence, pois vai embora.
E deixa em seus fragmentos
a sombra dos momentos,
que vagueiam na penumbra da memória...
que guarda tristeza, guarda vitória.
Gabrielle Castaglieri
domingo, 26 de agosto de 2012
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