terça-feira, 26 de junho de 2012

Alvorada

Quero ver o raio que ninguém viu,
O raio que raiou somente pra mim;
Obedecer ao que meu coração (com razão) pediu,
E ter gratidão à quem raiou pra mim.

A noite surda era pálida, me chateava
Mas alguém com serenidade me sussurrava
" o Sol nasce todos dias, há de nascer.
"Estou com você, não tema o que há de haver"

Eu esperava o sono cálida, e a noite passava
O relógio era tirano e me chicoteava 
A saída era relaxar os músculos faciais 
Esperança de que corressem as horas banais.

Quando eu sentia o tempo perdido crescido
Abria uma fresta na janela trincada.
Os trabalhadores começavam seu dia devido.
E a fé pelo raio havia sido aumentada.

Ainda não era dia, pois o Sol tardava
Mas a fé era mantida, e só aumentava
E era hora de eu seguir para a Alvorada,
Encontrar o meu raio, me sentir amada.

Me arrumava toda para prosseguir:
"O Sol não veio, mas não vou desistir."
Descia para o ponto, pegava a condução 
Alguns ali pro mesmo destino, outros não.

E, quando antes de chegar, vi o meu raio,
A Alvorada estava perto tendo seus ensaios.
Ensaios da lição, como me ensinaria
Algo pra clarear não somente o dia.

Até que eu chegava na Alvorada, enfim.
Lá me recebia, de asas abertas, um Querubim
Que me levava até o entendimento;
Que me sorria e, assim, tirava o sofrimento.

Gabrielle Castaglieri



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