sexta-feira, 8 de junho de 2012

Canção Saudosista

Sobrevoam devaneios nestas noites frias
Palavras mostram sentimentos em cartas vazias.
Transcrições varridas colecionam sensações
Do que fora ouvido em antigas e belas canções.

Um acorde soa forte na batida do violão
uma voz ecoa, fazendo arder o coração
os quadros na parede pintam cenas
de poesias maduras, poesias serenas.

Eu canto o que sinto, faço a poesia voar
Ela alcança seus ouvidos, te vem acalentar
Eu canto o que vivo, o que me faz viver
A tristeza que privo, para um amanhã ter

Indaguei suas cartas, seus mistérios de amor
Indaguei fatigada da falta do ardor.
Eu corri desvairada pelas estradas sem fim
Eu recorri a outros braços, só pensei em mim.

Inesperadamente eu recebo um recado teu
Um ano se passou e nada, nada, nada morreu
Me passa um filme na mente, e ainda que eu tente
Estancar feridas do tempo, ler o recado sorridente
(eu não consigo, não consigo, não consigo)

O choro que rola pelo meu rosto é o fato
da felicidade e também do fardo
Dos instantes que temos de esperar
pra que se concretize nosso sonho de amar.


Eu canto o que sinto, faço a poesia voar
Ela alcança seus ouvidos, te vem acalentar
Eu canto o que vivo, o que me faz viver
A tristeza que privo, para um amanhã ter.

Gabrielle Castaglieri

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contentes Frustrações

Q UERO CAMINHAR EM MEIO  À MULTIDÃO DIZENDO O QUANTO SOU FELIZ NO AMOR QUE TENHO SOFRENDO E MESMO EM VÃO SABENDO QUE NÃO ME QUER A BORRECEND...