quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

De Todo Enfado

Olha,
não quero contar-lhe dos anos
não quero enfadar-lhe na história
na desventura de um riso
de um riso que fora quebrado
de
todo
o
meu
enfado.


Veja bem,
me dê uma notícia boa
um sorriso discreto,
uma conversa à toa.
Ou melhor, não me dê nada
porque a vida só fica gozada
quando há natureza nas nossas atitudes.

Esqueça,
de qualquer música que lhe traga o pranto,
ou mesmo um certo desencanto.
Ande disperso sem ter destino,
cruze uma rua desconhecida,
eleve os pensamentos aos novos prédios da cidade,
faça o que queres para que esqueça
de
todo
o
teu
enfado.

Entregue,
o teu sorriso à tua memória,
somente quando esta história
não te seja um fado
não te seja um peso
quando o penar seja um quadro
na tua parede
e que nele te guarde apenas
a lembrança
de
todo
o
nosso
...
agrado!



Gabrielle Portella
Por : Pedro Venturini


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