Você desejou meu
corpo me querendo possuir
Mas a verdade é que você sempre precisou de mim:
Você precisava afirmar
as tuas verdades,
As tuas verdades inventadas
Só pra dizer pra seus amigos
O quanto controla uma mulher.
Você desejou meu corpo já querendo o rejeitar,
Não se importou com meu gozo:
Só queria desfrutar.
E eu...
eu sempre era a culpada pelo seu descontentamento,
Sempre ia me redimir
Ainda que não estivesse errada.
Alias, quando eu errei com você?
Os anos se passaram e eu descobri uma traição.
Você disse na minha cara que a culpa era minha
Que eu que não te dei atenção.
Eu fiquei desamparada...
Você tinha seu emprego, e eu era dona de casa.
Troquei minha independência pra ser a melhor esposa,
Me dediquei aos filhos,
E agora a minha casa vai ser vendida
Pra dividir contigo.
Mas ainda sim prossigo com sorriso rosto
Pois agora eu não tenho nada além da convicção
De que sem você eu posso mais:
Eu aprendi a dizer não.
Narrativa observadora |
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