terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tarde de melancolia

Sensação que não vai embora
o querer estar perto
a vontade de correr ao amor
mesmo o amor correndo de mim.

Estou no eterno recordar,
no respirar em lembranças,
e se entupir de poeiras do passado.

E os delírios constantes
coisa que não passa
e não deixo passar
Pois é o conforto diário...
a ilusão amiga...
todo amor imaginário
e o sofrer real.

Ah que saudade dele,
ah que vontade do amor,
de amar e ser amada...
ah que saudade...

Saudade de me ver contente,
do "eu te amo", da poesia.
Saudade da saudade passageira...
aquela que eu sabia não durar
pois em instantes era certo
que ele iria chegar...

Agora não há certeza,
também não há dúvidas.
Não há mais nada.

Nada que me prenda,
nada que me dê alforria.
Minha liberdade é o amor
e estar presa em alegrias...

E esse pôr do sol,
esse piano tocando...
nessa tarde infinita
que esfaqueia em lembranças
que é cruel em seus momentos,
só me faz desfalecer
por não saber do amanhã
e do que me guarda o "para sempre".

Para sempre o que serei?
Para sempre em não saber
do para sempre que me guarda.

Para sempre essa tarde...
esse sol e esse piano...
essa foto e a poesia,
e o descontentamento,
e a infelicidade de mim,
de ser eu, ser assim.
E não poder fujir
criar outra cena,
outra vida, outro amor.

Onde corre os teus olhos?
Que paisagem, que momento?
Mais um ano vai caindo...
sendo levado pelo vento...
e onde estão os teu olhos?

Corre os teus olhos na poesia,
na melancolia da menina
que sofre o amor partido,
que sofre por ter sido amada
e ter amado...
ter tido amado.

Gabrielle Castaglieri

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