quarta-feira, 18 de julho de 2012

Canto à sequidão

O amor que tenho corre por vielas amargas
onde vence o medo em crianças fracas.
O amor que tenho constrange-me por não ter poder
de correr pelos pequenos, não poder vencer.

Eu vivi robotizada.
A tudo concordava numa vida vendada,
mas nada me faltava.
Com destreza percebi que havia pouco amor
nesse mundo, rodeando-me apenas tristeza e dor.

O amor que tenho me transborda e faz chover
e limpa do meu ser o capital, a coisa banal.
O amor que tenho me faz querer
viver, e enfrentar feroz ao vendaval.

Recebo no doce retrato do riso infantil
uma sólida força vitalizadora e feliz.
Um retrato que pra muitos seria vil
pra mim colore um dia em cores de giz.

Me contento com pouco, mas desejo mais.
Os cantos dos pássaros pela manhã me apraz.
Mas quando a tarde desce e bate nas nossas faces
eu percebo que dormi e sonhei com disfarces.

Limpo dos meus olhos o pus que outrora me cegara,
e canto aos montes secos o amor que vivo e vive.
Pra tanta sequidão uma vivedez de amor é rara,
então eu canto sem receio o que em mim reside.

Gabrielle Castaglieri


Triste realidade. Me dói o amago. Agradeço à Deus pela vida que eu tive, e oro (rezo) para que o Criador cuide dessas crianças. Dê a salvação na "cultura, hip hop" às essas crianças, ao povo que sofre nesses lugares. Oro também pra quem vive cego ai, pelas cidades. Têm tanto amor ao dinheiro... Mas o próprio Jesus falou que é mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha do que um rico entrar no céu. Então, quem quer ir pro inferno cheio de capital e pouco amor?
Na real, nem acredito em inferno. Mas, vocês cheios de moral, aprendam com as crianças o que em anos não aprenderam!
Abraços, paz e amor,
Gabrielle Castaglieri

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