domingo, 4 de junho de 2017

Um Je Ne Sais Quoi

Ah essa angústia de ser
só um pouco do que se quer
e de ter só um pouco do que se imagina
é aflição nessas tardes tão infinitas.
O meu desejo é estar só
e sentir a brisa do mar
escutando Jim Croce
como há uns quatro anos.
O tempo passou como a areia da praia
escorrendo por entre os meus dedos
enquanto o vento a levava.
Quatro anos...
quantas coisas acontecem em quatro anos?
Como estarei dentro de quatro anos?
Estarei viva?
...
Fito minha janela iluminada pelos últimos raios solares do dia
ela me diz tantas coisas...
Ela me diz que o tempo é assim mesmo:
agora parece não passar, com essa angústia eterna
mas logo logo a sensação de que passou rápido voltará.

A janela do meu quarto é tão poética quanto Tabacaria
me remete um cigarro mal tragado,
uma cerveja engolida a seco,
um tombo nas águas geladas do mar do Rio de Janeiro...
me remete Joaquim,
me remete João e José,
Me remete você...

Você é música do Frank Sinatra na tarde de Sol poente
você é poesia e chá de camomila
é conversa jogada fora e calmaria
é o vermelho na boca, o vinho tinto
é o tudo, é o nada, é o 'je ne sais quoi'.


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