segunda-feira, 28 de maio de 2012

Amor a sabedoria

Quantas divisões há no tempo
Para que possemos sentir o presente?
Nem nos minutos, nem nos segundos,
Nem nos centésimos, nem nos milésimos,
Nem em todas as convenções temporais
Consigo sentir-me estar.

Sinto-me existir pois há passado que prova-me
Sutil no decorrer dos movimentos
E das ações e das observações.
O passado existe em mim:
Eu vejo-o nas cousas e no espelho
- pois no passado há todos os tempos -
Com base nele fingimos (nos) certos.
("Eu vi, eu passei. Isto é preciso!")
Com base nele iludimo-nos, credos.
("Eu vi, eu passei. Isto é preciso!")

Mas o passado dá exatidão há...
?
Diga-me! Diga-me suas observações!
Tente provar-me as suas teorias e visões!!
Se não sabe, ao menos, se é real o que vê,
Como ousa provar-me pelo o que vê?!

Unemos, então, tudo aqui dito
(Tempo e visão: ilusões)
Como poderei trazer-lhes provas
Se não provei do que lhes quero trazer?!
Quero que vivam e sintam e renasçam.
Quero que, se existe verdade nessa realidade,
Que ela seja sentida e, assim, provada pelos próprios!

Quero que credo e ciência tenham consciência
De que nada são, senão hipóteses.
E que deixem-se sentir e viver o sentido
Ciência e credo!!
Que sempre haja filo sofia nesta filosofia.

Gabrielle Portella

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contentes Frustrações

Q UERO CAMINHAR EM MEIO  À MULTIDÃO DIZENDO O QUANTO SOU FELIZ NO AMOR QUE TENHO SOFRENDO E MESMO EM VÃO SABENDO QUE NÃO ME QUER A BORRECEND...