terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Um soneto que diga do fim...

Antes de mais nada, escute :







Les Deux Saltimbanques - Pablo Picasso 
Para buscar ao fim, para saber do fim

Para buscar ao fim é preciso saber do começo
E saber do começo é uma busca sem fim;
É preciso saber de si com precisão,
Mas, com precisão, só sei que não sei de mim.

Porém o fim não se detém ao tudo.
O fim pode ser só o passar de um segundo.
O fim está sempre presente à tudo o que há
E é fim que indica sempre um recomeçar.

Ponto final fatal. É fim e fim.
Fim não contenta-se em manter-se único
Multiplica-se nas ações sempre havendo um novo fim.

Para saber do fim as reminiscências bastam.
Sendo assim, basta olhar para trás
Verás que o fim já findou-se, e no passado o fim jaz .

Gabrielle Castaglieri 

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