sábado, 6 de agosto de 2011

Arquivos da Memória


Quando os meus olhos se fecham
o depósito das memórias se abre,
o peito aperta pela ilusão
de transformar todos arquivos em disfarce,
mascarando minhas tristezas
e fingindo nunca ter existido hipocrisia.

Estas mentiras ardem em minha boca
como um veneno vital.
Sinto-me amargando descontroladamente,
já não sei se sou capaz de amar,
nem sei mais em que estou crente.

Você tornou-se uma neblina
tão densa que não enxergo nada
e esta tornou-se minha sina
seguir cega e mal amada.

Você era em minha mente
um monumento indestrutível
tinha sua imagem fortalecida
sua carapuça era invisível
mas agora tornas-te neblina...
neblina assim: indecifrável.

Você tornou-se em meu livro
um capítulo que não foi apagado
mas também que nunca foi escrito
e, sendo assim, nunca foi lido.

Gabrielle Portella

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