quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Poetas? NÃO, miseráveis!

Minhas incertezas são constante
mas, ao contrário do que fui antes,
não almejo ser uma certa.
Almejo apenas que meus sonhos
não cansem de subir essa escada.

E imploro à minha consciências
em pequenos-grandes surtos:
-- Não ache que sabe de algo,
você é incerta! você é ser humano!
As vezes esses pensamentos saltam dos lábios
me pego falando sozinha...
há vezes que grito, confesso.
Mas não me entenda mal,
posso até ser anormal
mas não tenho vergonha de dizer
aquilo que você sabe ser (e como sabe)
e tem vergonha de assumir.

Sejamos, então, sinceros
somos loucos discretos.
Disfarçando, entre linhas e palavras,
a intelectualidade inexistente.
Na verdade somos vagabundos de letras
implorando para que sejam nossas,
que nos dê um verso, uma poesiazinha.
--Oh! Letras Grandiosas, dê-nos uma esmola!
assim gritamos nos faróis das artes.
Somos miseráveis com fome de palavra,
Mendigando uma migalha de sua exuberância.

Não se assuste, leitorzinho.
A poesia emita a vida!
Saiba, desde agora, que você é louco!
Não... não dê risos sarcásticos,
mesmo que não estejamos enternados
em um manicômio, ou a base de remédios,
somos todos loucos na nossa maior sanidade.

Acabo aqui pois a hora voa
e já me cansei dessas verdades árduas...
Deixemos o real pra depois, não é mesmo?
Ou melhor, voltemos pra realidade,
pois vou-me embora, nesta hora,
neste instante... Ah... não!
Já se passou o instante...
está vendo? Menti!!
Menti só para acabar com isso
numa forma amenizada!
Passar bem.

Gabrielle Portella

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